CUT defende política de recuperação do salário mínimo
A propósito da aprovação de um novo valor para o salário mínimo no Senado, a direção nacional da CUT divulgou uma nota para a imprensa, “alertando a sociedade para a armadilha que pode estar contida na proposta oportunista de alguns senadores, que só querem de fato acrescentar mais atritos à crise política”. A CUT defende o diálogo entre centrais sindicais e empresários com o governo “para a elaboração de uma política de salário mínimo que deve virar lei. Ou seja, após aprovada, terá de ser cumprida por qualquer governo e em quaisquer circunstâncias futuras”.
Veja a íntegra da posição da CUT:
Nosso mínimo é pra valer
Ninguém em sã consciência e com trajetória verdadeira de luta pelos direitos dos trabalhadores, como a CUT, pode colocar-se contra um salário mínimo cujo valor supera o esperado. Mesmo quando a proposta surge de setores conservadores que sempre impediram uma política real e permanente de valorização do salário mínimo e investiram toda a sua influência, por décadas, para aprofundar as desigualdades sociais brasileiras.
Portanto, alertamos a sociedade para a armadilha que pode estar contida na proposta oportunista de alguns senadores, que só querem de fato acrescentar mais atritos à crise política. Prova disso é a atitude do senador Antonio Carlos Magalhães, ao fazer deboche em cima de um assunto tão sério e que afeta a vida cotidiana de milhões de brasileiros.
Para a CUT, o mais importante é que essa discussão não prejudique a elaboração de uma política séria e responsável de valorização permanente do mínimo, pela qual o movimento social tanto vem lutando.
As centrais sindicais e empresários estão dialogando com o governo para a elaboração de uma política de salário mínimo que deve virar lei. Ou seja, após aprovada, terá de ser cumprida por qualquer governo e em quaisquer circunstâncias futuras. É assim que esperamos, de forma séria, chegar o mais rapidamente possível ao mínimo defendido pelo Dieese, esse sim, o pesadelo dos conservadores e o objetivo da CUT.
fonte: CUT