CUT comemora 20 anos de luta nesta quinta-feira, com a presença de Lula

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) comemora seus 20 anos de existência no mesmo local em que foi fundada, em 1983: no Pavilhão Vera Cruz, localizado na avenida Lucas Nogueira Garcez, 856, em São Bernardo do Campo, SP. A solenidade acontece nesta quinta-feira, 28, a partir das 18h30, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante o evento, serão homenageados todos os ex-dirigentes que passaram pela Executiva Nacional e haverá a posse oficial da nova Executiva eleita no 8º Congresso.

Na sexta-feira, 29, haverá, no mesmo local, um debate sobre os desafios do crescimento econômico, com as participações do presidente da CUT, Luiz Marinho, do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, do economista Luiz Gonzaga Belluzzo e do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Horácio Lafer Piva. A participação é aberta.

Ontem, 25, a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo realizou uma sessão solene em homenagem aos 20 anos da Central. A iniciativa foi do Deputado Hamilton Pereira (PT), que é metalúrgico, ex-militante do movimento sindical e ex-dirigente da CUT na região de Sorocaba, SP. Participaram da solenidade 11 deputados estaduais – a maioria com origem no movimento sindical cutista – e aproximadamente 60 dirigentes sindicais de todo o Estado.

A CUT veio para contestar a estrutura sindical varguista (em referência ao ex-presidente da República Getúlio Vargas) e transformar os sindicatos num instrumento de luta, mudando a história deste país, disse o Deputado Hamilton Pereira, que, em seguida, abriu a palavra aos deputados presentes.

O Secretário Nacional de Comunicação da CUT, Antônio Carlos Spis, lembrou a turbulência dos anos 80 e as circunstâncias em que a central foi fundada. À época, cinco sindicatos estavam sob intervenção e suas diretorias cassadas pela ditadura militar. Mas, segundo Spis, o movimento sindical cutista soube ultrapassar todas as barreiras, propor um novo modelo de sindicalismo e reunir forças suficientes para enfrentar quaisquer desafios. Não é atoa que a CUT, hoje, é a quinta maior do mundo, lembrou o dirigente.

O Presidente Nacional da CUT, Luiz Marinho, encerrou o ato solene lembrando que a CUT é resultado da contestação de décadas de lutas e que hoje, muitos personagens importantes do cenário político nacional fizeram parte da direção da central. O momento em que vivemos pode ser contraditório, mas nós não cometeremos o mesmo erro de outras centrais amigas européias, que apoiaram todas as iniciativas do governo, independentemente do conteúdo, e acabaram sem a menor credibilidade perante os trabalhadores. Nem iremos discordar de tudo, só para sermos diferentes. É preciso apresentar propostas alternativas quando não concordarmos com o governo e saber negociar as nossas reivindicações, disse.

fonte: Diretório Nacional do PT