Consórcio de bancos, que inclui o Santander, pode retomar negociação com ABN
O consórcio formado pelos bancos Santander, Royal Bank of Scotland (RBS) e Fortis, que disputa com o banco britânico Barclays a compra do holandês ABN Amro, deve retomar nesta semana as negociações com o americano Bank of America para a compra conjunta do LaSalle (divisão do ABN nos EUA), segundo reportagem desta terça-feira, dia 12, do jornal britânico “The Daily Telegraph”.
Segundo a Folha online, o diretor do RBS, Larry Fish, deve se reunir com chefe de estratégia do Bank of America, Greg Curl, no fim desta semana, segundo o jornal. Numa reunião em 22 de maio, os dois decidiram como se dividiriam os ativos no caso de uma compra conjunta. O banco americano ficaria com as operações em Illinois, enquanto o RBS assumiria Michigan e a marca LaSalle.
O fundo de investimento Seacliff, dos EUA – um acionista do Barclays –, se opõe à sua disputa com o consórcio holandês pela compra do ABN. ontem foi o fundo de investimentos Atticus Capital que ameaçou votar contra a compra do ABN, se o Barclays não retirar a proposta feita em abril (o Atticus detém participação de 1% no Barclays).
O Atticus considerou que a oferta foi feita a “um negócio inferior, em um leilão com preços inflacionados”.
O Barclays informou que as opiniões do Atticus Capital “não são representativas do retorno que recebemos dos acionistas que continuam a apoiar nossa estratégia”.
O Barclays fez uma oferta de US$ 86,5 bilhões, em um negócio baseado em troca de ações, em abril. Já o consórcio apresentou uma oferta de US$ 95,4 bilhões, mas condicionou a oferta à suspensão da venda do LaSalle (divisão do ABN nos EUA) ao Bank of America.
A venda do LaSalle foi bloqueada no início de maio por um tribunal holandês e impediu a conclusão do negócio com o Bank of America até a aprovação dos acionistas do ABN. O diário britânico “FT” informou no último sábado, dia 9, no entanto, que o Bank of America pretende acusar o tribunal holandês que bloqueou a venda do LaSalle de ter infringido as leis da União Européia e da Holanda em sua decisão.
fonte: Folha Online