CONCESSÕES DE RÁDIO E TV SÃO EXEMPLOS DE COMO O GOVERNO COOPTA SETORES DA IMPRENSA
Por que a maioria das empresas de comunicação apóia a política econômica de Covas e FHC, que é flagrantemente contrária aos interesses nacionais? A resposta mais simples para essa questão é o fato de elas serem, em primeiro lugar, empresas e como tal visam principalmente aos seus próprios interesses e não ao da população ou do país.
Como elas e seus proprietários estão sendo beneficiados pelo atual governo e sua política econômica, não poupam esforços (e matérias) para ajudá-lo.
Um dos muitos exemplo dessa relação que atropela a ética e o bom jornalismo é a nova Lei de Concessões de Rádio e TV.
Para agradar aos atuais detentores das concessões, o governo mudou as regras de licitação de canais de rádios OM (ondas médias) e FM (freqüência modulada) e de geradoras de televisão comercial.
Com as alterações, fica mais fácil aos empresários do setor adquirirem novos canais, pois eles deixam de perder pontos nas licitações por já possuírem permissões de rádio e concessões de TV, como estava previsto na legislação anterior.
Além disso, o tempo de programação jornalística, educativa e informativa e o percentual de programas produzidos e gerados na própria localidade também foram reduzidos para efeito de pontuação.
Participação nas privatizações – A mudança na Lei de Concessões de Rádio e TV é apenas uma das formas de o governo cooptar setores da mídia. Várias empresas de comunicação participam de consórcios que adquiriram empresas privatizadas, especialmente na área de telefonia.
Talvez essa seja uma das principais razões para que os banespianos e demais cidadãos brasileiros leiam, ouçam e assistam tantas matérias favoráveis à entrega do patrimônio público e à política econômica ditada pelo FMI e banqueiros internacionais.
fonte: AFUBESP