Comunicado da Comissão Nacional dos Aposentados do Banespa
O uso do cachimbo…
Mais uma vez, vamos começar do começo: a AFABESP nunca foi e não é entidade de luta. Concebida para servir de clubinho/recreação de antigos funcionários aposentados, vinha cumprindo essa função até há pouco, sem grandes dificuldades.
Entendemos sua nada modesta preocupação – surpreendida que foi pelas novas circunstâncias – em desejar mostrar serviços, às custas do papel de falsa paladina dos direitos e deveres do segmento.
Não convence ninguém e, pior, ainda se arvora em condutora do processo de defesa do pessoal pré-75. Quer liderar sem ter vocação nem história para tal. É hilária sua arrogância em falar do que não sabe e para o quê nunca esteve preparada politicamente, por completo afastamento da realidade das lutas banespianas, tanto ontem quanto hoje.
Até as pedras da Praça Antonio Prado sabem que a AFABESP ignorou olimpicamente a histórica guerra travada contra a privatização do BANESPA, durante seis longos anos. Nesse particular, a posição dela sempre foi de apoio aos interventores do Banco, expressa em fotos comprometedoras e nada desejáveis, ou através de conhecido advogado-articulista, sempre célere em escrever desatinos e sandices.
Incapaz de participar de qualquer enfrentamento, alheia ao reclamos de boa parte dos aposentados, apresenta-se como indutora das articulações trabalhistas após a entrega do Banco ao Santander, metendo os pés pelas mãos ao orientar os aposentados em assembléias às quais não estavam habituados.
Tanto é assim que, fiel a seu velho estilo, vai buscar um ex-sindicalista da década de 70, afastado das lides sindicais há quase trinta anos, para orientá-los nos futuros embates. Misto de ingenuidade e de desfaçatez, para dizer o mínimo.
Agora, infelizmente, somos compelidos a responder à nota de AFABESP do dia l8 último, incomodados com o festival de asneiras despejadas, no afã, compreensível até, de tentar justificar o injustificável. Esqueceram de um velho ensinamento da sabedoria popular: não se fala de corda em casa de enforcado.
A propósito, cabe esclarecer nossa posição, através da meia dúzia de itens abaixo, por enquanto:
l- reiteramos que estão morrendo de medo de eleições diretas, modelo que nunca praticaram. Nos debates no BANESPREV afirmaram, sem pudor, que, no voto direto, corre-se o risco de eleger pessoas indesejáveis (sic) , citando exemplos e situações preconceituosas, no País e fora dele;
2- o velho e surrado discurso da direita furibunda, tão ao agrado de pseudo-lideranças vencidas pelo tempo e desacostumadas ao debate democrático, que enxerga em tudo “palanque eleitoral”, evidencia o grau de desespero deles;
3- mentem, mentem descaradamente. Não somos nós os de memória fraca e/ou manipuladores dos fatos, coisa tão cara à AFABESP que, como galinha velha no terreiro, sempre corre a cacarejar o que não faz, como, por exemplo, a cobertura da participação deles na audiência do Senado Federal, em 13/06/2006;
4- acertamos, sim, no BACEN/SP, o modelo do nosso pleito, descendo no elevador com os senhores Djalma Emídio Botelho, Claudanir Regiani e Ademar Benedito Vanini, na presença do Deputado Federal Nelson Marquezelli e do companheiro Carlos Pupin, Vereador de Batatais e membro do Comitê Gestor. A bem da verdade, diga-se que os colegas citados sempre foram nossos interlocutores sobre o tema, uma vez que a AFABESP esteve afastada do assunto e, arrogantemente como sempre, nada fazia sobre a Resolução 118/97. Combinamos, sim, dois procedimentos: um com o Banco, via Banesprev, e outro com o BACEN, via Deputado Marquezelli. Por e-meio (é bom que não confundam isso) deveria ser remetida a memória (síntese) da reunião, como lembrete ao Diretor Gustavo do Valle, do BACEN;
5- na reunião de 07/03/2007 do Comitê Gestor do Plano V, os representantes da AFABESP, como sempre procuraram fazer em outras oportunidades com questões discutidas e encaminhadas coletivamente, aportaram documento em papel timbrado, inclusive com assinatura de entidade fantasma (SINFAB), contendo decisões diferentes das acertadas previamente. Em respeito à Ética, pedimos o acerto, assegurando a tramitação na forma já combinada. Ato contínuo, pela intransigência de quem se julga em maioria e dona da verdade, retiramos as assinaturas, por não concordar com a forma de provimento dos mandatos do Comitê Gestor;
6- a AFABESP é useira e vezeira em romper acordo político. Repetidas vezes já tentamos caminhar juntos. A direção dela é amorfa , omissa e cheia de dificuldades para operar mínimas decisões conjuntas. “Consultar meus pares” é o seu mote para fugir a compromissos políticos.
A AFUBESP/CNAB têm história de luta e enfrentamento. Não se furtaram, em momento algum, à defesa do antigo BANESPA e dos banespianos. Todos reconhecem isso. Mas, se necessário, estamos dispostos a evidenciar ponto a ponto o nosso trabalho, para contrapor aos eternos inconformados da disputa pessoal ou partidária, ideológica ou não.
A CNAB se vê obrigada, mais uma vez, a perder tempo precioso com questões menores, como responder a acusações infundadas e com os objetivos de sempre, facilmente identificáveis. Mas, atendida essa cobrança de resposta feita pelos aposentados, continua a dirigir seus esforços para informar, esclarecer e aglutinar o segmento, através de constantes reuniões e debates por todo o País, em torno das questões realmente importantes.
fonte: Comissão Nacional dos Aposentados do Banespa