Com o crescimento dos lucros dos bancos, bancários querem aumento da PLR
Um salário acrescido do valor fixo de R$ 788 (R$ 705 referente ao acordo coletivo de 2004, atualizado pelo percentual de 11,77% de reajuste), mais 5% do lucro líquido das empresas a ser distribuído linearmente entre os funcionários. Essa foi a proposta de PLR aprovada pela 7ª Conferência Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro, realizada no último final de semana, em São Paulo.
A nova fórmula visa aumentar a remuneração dos trabalhadores pelo esforço e dedicação, que têm levado a um contínuo aumento dos lucros dos bancos. Além disso, busca corrigir a defasagem entre os lucros dos bancos, cada vez maiores, e o percentual distribuição entre os funcionários, cada vez menores.
A proposta de PLR foi apresentada pelo presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, durante o painel da Conferência que discutiu o tema Emprego e Renda.
“Em 1995 e 1996, por exemplo, os bancos repassavam a seus funcionários cerca de 12% de seu lucro líquido a título de PLR. Já no ano passado, apesar do crescimento de seus ganhos neste período, a retribuição aos trabalhadores foi, em média, de 7% a 8%. Queremos recuperar esse percentual, já que o aumento nos lucros foi garantido principalmente pela dedicação dos bancários”, explica Marcolino.
O que muda – A convenção coletiva conquistada pela categoria no ano passado estabeleceu uma PLR de 80% do salário (salário-base mais verbas fixas de natureza salarial) somado ao valor fixo de R$ 705, limitada ao máximo de R$ 5.010.
Quando o total de Participação nos Lucros ou Resultados calculado pela regra básica fosse inferior a 5% do lucro líquido do banco, o valor da verba seria majorado até alcançar dois salários do empregado e limitado ao valor de R$ 10.020. É o caso, entre outros, do Itaú.
Pelo deliberado na Conferência, além de se passar a um salário nominal integral, mantém-se um valor fixo (de R$ 788) e acrescentam-se os valores equivalentes a 5% do lucro líquido da empresa, distribuídos linearmente.
Com a nova regra a PLR voltaria a se aproximar dos percentuais distribuídos na década passada e aumentaria a remuneração final de todos os bancários.
Limite – O total destinado pelos bancos para o pagamento da PLR seria mantido entre 5% e o teto de 15% do lucro líquido, conforme prevê a atual convenção coletiva nacional dos bancários.
fonte: Jair Rosa – Sindicato dos Bancários de São Paulo