CNB discute empréstimo consignado com CUT e bancos
Representantes da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT) participaram quinta-feira, 22, da reunião que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) promoveu com bancos para discutir os empréstimos consignados, pois a desinformação e uma série de dúvidas estão impedindo o aumento no volume de empréstimos.
No caso específico dos bancários, a CNB está propondo um adendo ao acordo da CUT com as instituições financeiras para que os bancários possam ter acesso aos empréstimos. De acordo com Vagner Freitas, presidente da CNB/CUT, há uma competitividade muito acirrada no sistema financeiro e trabalhadores de um banco não estão conseguindo empréstimo em outra empresa para que seja descontado em sua folha de pagamento. “Queremos adequar o acordo da CUT à peculiaridade da nossa categoria, pois muitos bancários estão com dificuldades para ter acesso ao empréstimo”, afirmou.
CUT quer ampliar volume de empréstimos – A partir de 5 de março, os bancos que têm convênio com a CUT para empréstimo com desconto em folha estarão informando a Central sobre o volume e as condições em que estão sendo realizados os acordos para a concessão dos créditos.
Os relatos apresentados no encontro mostram um crescimento no volume de concessões de crédito consignado a partir do convênio com a CUT. Um exemplo foi dado pela Caixa Econômica Federal: só no último trimestre, foram feitos quase 800 acordos com empresas, de um total de 1.500 celebrados durante todo o ano.
Para que haja um incremento no volume de empréstimos é preciso vencer algumas dificuldades. Segundo Luiz Marinho, presidente da CUT, a maior delas é a desinformação. “Esta falha acontece em todos os níveis, do gerente da agência bancária, passando pelos sindicatos e até os RHs das empresas.” Segundo o dirigente, “a dificuldade está em saber operacionalizar os acordos e remover algumas resistências que ocorrem entre bancos e empresas”.
Novo encontro, já previsto desde a assinatura do convênio, acontece em março, quando será apresentado um balanço detalhado do número de acordos firmados e dos trabalhadores beneficiados.
O convênio entre a CUT e as instituições bancárias prevê a concessão de empréstimos, com juros que variam de 1,75% a 2,6% para sindicalizados (dependendo do número de parcelas) e de 2 a 3,3% para os não associados dos sindicatos cutistas.
fonte: CNB/CUT