CNAB e Afubesp continuam a luta pelos direitos dos aposentados
Na última quinta-feira, 14, em Brasília, durante a quinta reunião da CTASP (Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público), da Câmara Federal, o Santander rompeu as negociações com a CNAB (Comissão Nacional dos Aposentados do Banespa). Este rompimento unilateral mostrou a face mais cruel do banco espanhol, que em repetidas ocasiões se apresentou arrogante, na medida em que se negava a respeitar os direitos adquiridos pelos aposentados do Banespa. “Já previa que a qualquer momento o Santander sairia das negociações, e foi o que aconteceu. Agora é seguir por outros caminhos”, disse o diretor de aposentados Alfredo Rossi.
A despeito desse resultado e fiel ao atendimento que sempre pautou a luta dos pré–75, a Afubesp e CNAB intensificaram as articulações políticas em Brasília, como fazem desde novembro de 2001, buscando novo patamar nas tratativas federais.
No mesmo dia, a CNAB e a Afubesp foram recebidos pelo chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, ministro Luiz Dulci. Na ocasião, relataram os impasses nas tratativas com o banco na CTASP, entre outros assuntos de interesse do segmento. Este encontro já estava marcado na agenda do ministro.
Para o coordenador da CNAB, Herbert Moniz, que é também 3º vice-presidente da Afubesp, o Santander demonstrou total desrespeito pelas instituições nacionais em especial a Comissão de Trabalho dos Deputados que coordena as negociações derivadas da Audiência Pública de 6 de dezembro de 2007. “A atitude do banco tenta desqualificar de forma vergonhosa a representação dos trabalhadores aposentados que desde 2001 demonstram a vinculação dos Títulos Federais ao pagamento das complementações salariais e respectivos reajustes anuais”.
O diretor de aposentados, Oliver Simioni, que também estava presente na reunião, complementa dizendo que o abandono do Santander da Comissão de Trabalho da Câmara Federal é uma afronta ao legislativo nacional e as leis do país. “Vamos utilizar todos os recursos possíveis para que a resolução 118/97 do Senado Federal e o artigo 52 de 1988 da Constituição Federal sejam respeitados por este banco estrangeiro”.
fonte: Márcia Mapelli – Afubesp