CENTRAL, NASBE E PATRIARCA PARAM UMA HORA PARA LEITURA DO MANIFESTO
Os banespianos da Central, do Nasbe e da Patriarca paralisaram o trabalho hoje durante uma hora, no protesto do Dia Nacional de Luta Contra as Privatizações. Houve leitura do manifesto “Privatização do Banespa é crime” e pronunciamentos de dirigentes das entidades de representação do funcionalismo, que condenaram não só a política econômica dos governos FHC/Covas como a postura dos atuais interventores na campanha salarial deste ano.
Estavam previstas leitura de manifesto em várias unidades da capital e interior paulistas e de outros estados. Até as 15h, a Afubesp tinha sido informada de manifestação em Assis, Bauru, e Ourinhos no interior de São Paulo e em Belo Horizonte (MG).
A diretora de Divulgação da Afubesp, Ivani Baptistão fez uma avaliação positiva das atividades de hoje. “Não sei se foi o sucesso do ato de Americana (SP) e a aprovação do plebiscito ontem na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Alesp). O certo é que os funcionários estão recobrando o ânimo e isso é ótimo e indispensável para que a gente consiga defender o Banespa e os nossos direitos.” Dilapidadores. Até o momento, os interventores não apresentaram contraproposta nem marcaram a primeira rodada de negociação. Tamanha negligência levou osrepresentantes dos funcionários a apontarem a greve como uma medida necessária este ano, para a defesa do banco e dos direitos do funcionalismo. Na atividade da agência Central, o presidente Eduardo Rondino, afirmou que esta é a pior diretoria do Banespa desde a intervenção do Banco Central. “O que ela está fazendo é dilapidar o patrimônio do Banespa.” Ele chamou a atenção também sobre a necessidade de os banespianos alertarem a população para o fato de o governo FHC descumprir sistematicamente a Constituição. “Temos de deixar isso claro para a sociedade. Como é que a gente pode se sentir seguro se o próprio governo não cumpre a Constituição? “
O que disseram. O Jornal da Afubesp acompanhou as atividades da Central e da Patriarca . Veja o que foi dito por lá.
Greve. “Temos que começar a debater com os colegas a preparação da greve para defender o Banespa e o acordo coletivo.” Wagner Pinheiro, diretor financeiro do Banesprev, eleito pelos funcionários.
Ânimo: “Não há motivo para desânimo após a queda das liminares. Não é a primeira vez que estivemos nessa situação e sempre demos a volta por cima.” Paulo Salvador, diretor financeiro da Cabesp, eleito pelos participantes.
Dignidade. “Estamos sobrevivendo no olho do furacão há sete anos. Estamos segurando a dignidade do Estado de São Paulo.” Oliver Simioni, diretor representante.
Vencer FHC/Covas. “Esta é a quarta eleição sob intervenção e desta vez temos condições de vencê-la. Temos obrigação de derrotar o governo FHC/Covas. Temos obrigação de manter nossas conquistas e a garantia de emprego..” Cido Sério, vice-presidente da Afubesp
É ouro. O diretor administrativo da Cabesp, Antônio Carlos Conquista, eleito pelos funcionários falou da Cabesp, como era esperado, mas arrasou ao mencionar o lucro acumulado de R$ 577, 243 milhões do Banespa nos 8 meses do ano. Conquista referiu-se à célebre ameaça do diretor de Finanças Públicas do Banco Central de que com o atraso nas privatizações, o Banespa “ iria virar pó” e arrematou: “Se for pó é ouro.”
fonte: AFUBESP