CATEGORIA BANCÁRIA DISCUTE GREVE NACIONAL PARA PRESSIONAR BANQUEIROS
Sindicatos de bancários de todo o país realizam assembléias nesta quinta-feira para avaliar o andamento da campanha salarial e discutir a possibilidade de greve nacional da categoria em novembro.
Os bancários já vêm realizando uma série de paralisações e atividades por banco. A proposta da Executiva Nacional dos Bancários é incrementar ainda mais esse movimento para pressionar a Fenaban a melhorar sua proposta, rejeitada pela categoria nas assembléias.
O indicativo de greve será tema de discussão no Encontro Nacional dos Bancários, a ser realizado no próximo dia 22, no Rio de Janeiro.
Banqueiro rico, proposta pobre. Apesar dos altos lucros obtidos pelos bancos, a Fenaban apresentou reajuste salarial de apenas 4% (abaixo da inflação no período 5,65%, segundo o Dieese) e ainda teve a insensibilidade de propor flexibilização da jornada de trabalho e o fim do adicional por tempo de serviço (ATS) para os contratados a partir de 1.º de setembro deste ano.
Pela proposta patronal, quem ingressou antes, poderia optar entre receber uma indenização de R$ 700,00, para abrir mão dos anuênios futuros, ou continuar com o benefício. Na avaliação da Executiva, isso representa um risco muito grande, porque quem não aceitar a indenização pode sofrer pressão por parte dos bancos e ter seu emprego ameaçado.
Marcha lenta no Banespa . Também no Banespa as negociações estão em compasso de espera. Conforme ata da última reunião de negociação realizada no dia 30 de setembro, a próxima rodada seria, em princípio, no dia 8 de outubro. No entanto, a reunião não foi confirmada pela Dirhu, que até hoje não marcou nova data.
É um indicativo de que os banespianos devem se engajar nas mobilizações da categoria, para pressionar a direção do Banespa pela manutenção e aprimoramento do Acordo Coletivo 97/98 e aplicação dos índices a serem acordados com a Fenaban.
fonte: AFUBESP