Casa III: bancários estão preocupados com material radioativo
O armazenamento de material radioativo de forma inadequada em galpões na esquina das Avenidas Interlagos e Miguel Yunes, na Zona Sul da Capital, denunciado na semana passada pelo Jornal da Tarde, preocupa quem trabalha próximo ao terreno.
Desde o começo do ano, um escritório do banco Santander Banespa – com 3 mil funcionários – está instalado vizinho ao galpão, na antiga fábrica da Xerox. Com medo, um grupo de funcionários procurou o sindicato da categoria para esclarecer os riscos que correm ao estar ao lado do lixo radioativo. O material foi retirado da desativada Usina de Santo amaro (Usam), que hoje é de responsabilidade da INB (Indústrias Nucleares Brasileiras), do governo federal.
O diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo José Osmar Boldo procurou a INB, que garantiu não haver riscos. Porém, ambientalistas consultados por ele disseram que, por ser uma área habitada, o material não poderia estar lá. Boldo procurou o deputado estadual Ítalo Cardoso (PT).
Cardoso prometeu agendar para o próximo mês uma audiência pública na Assembléia Legislativa para discutir os riscos do material estocado numa área cercada por indústrias, residências e que logo terá como vizinho o maior santuário católico do país, do Padre Marcelo Rossi – que preferiu não se pronunciar sobre o tema.
Uma funcionária do Santander disse que o medo é generalizado e que, por não saberem os reais riscos que correm, muitos bancários levam água de casa.
fonte: Jornal da Tarde