Campanha salarial 2004: assembléia de São Paulo acontece nesta quarta-feira
Bancários querem mais empregos e melhores salários, reivindicações que os banqueiros têm plenas condições de atender
Na quarta-feira, 19, acontece a primeira assembléia da campanha salarial 2004. Serão definidas as principais reivindicações a serem levadas às conferências Regional (nos dias 29 e 30 de maio) e Nacional (de 5 a 8 de junho), que estabelecerá a proposta de índice de reposição da inflação e outros pontos da minuta que será entregue à Fenaban. A assembléia, que será realizada na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo (Rua Tabatingüera, 192, Sé) a partir das 19h, vai escolher ainda os delegados que participarão das conferências regionais e nacional.
“Os bancários precisam ter claro que as conquistas virão de acordo com a disposição que cada um tiver de participar das atividades da campanha salarial”, diz o secretário-geral do sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “A primeira assembléia da categoria é um bom momento para começar.”
Eles podem – Somente três dos maiores bancos privados do País alcançaram, no primeiro trimestre do ano, lucro de R$ 1,761 bilhão. Esse resultado projeta para Bradesco, Itaú e Unibanco lucro recorde de R$ 7,044 bilhões, 22,3% maior que os R$ 6,510 bilhões do ano passado.Essas instituições financeiras fazem parte da mesa da Fenaban que receberá, ainda no mês de junho, a pauta de reivindicações dos bancários para a campanha salarial 2004.
“Mais uma vez, os resultados demonstram que os bancos não têm razão para demitir. Pelo contrário, podem aumentar seus quadros e pagar salários mais adequados ao trabalho realizado pelos bancários, responsáveis diretos por esse lucro exorbitante”, afirma Marcolino.
Isso fica comprovado diante da análise realizada pela ABM Consulting para o jornal Folha de S. Paulo, que demonstra que o resultado alcançado veio, em boa parte, da receita com prestação de serviços. “É a atuação dos bancários que tem garantido às instituições financeiras a elevação, ano a ano, de seu lucro líquido”, completa Marcolino.
fonte: Folha Bancária/Seeb SP