Banqueiros não apresentam nada durante a negociação deixando a greve mais próxima
Quebrando o compromisso anterior de apresentar proposta econômica, mais uma vez os representantes dos bancos apareceram de mãos vazias na negociação que aconteceu nesta quinta-feira, dia 20.
“Desde o começo houve o compromisso de apresentar resultados a cada tema negociado. Esse compromisso foi quebrado e deixamos clara nossa insatisfação”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT. “O caminho agora é aumentar cada vez mais a mobilização para convencer os banqueiros a pagar aumento real, PLR melhor, aumentar os pisos salariais e aceitarem uma nova conquista para a categoria”, conclui.
Além de não apresentar nenhuma proposta, a Fenaban voltou atrás sobre a simplificação do modelo de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e limita-se a indicar o repasse do reajuste salarial à PLR, sendo que só no primeiro semestre desse ano, os bancos registram em média 20% de crescimento dos lucros.
Para aumentar a mobilização, o Comando Nacional dos Bancários, que inclui representantes da Contraf, das federações e dos sindicatos, por unanimidade, aprovou calendário que prevê realização de plenária nacional com representantes de todos os sindicatos em São Paulo, no dia 25, assembléias por todo o país no dia 27 e paralisação nacional de 24h no próximo dia 28.
“Mudamos o formato e nos empenhamos ao máximo para que as negociações tivessem resultados concretos, mas parece que as direções dos bancos públicos e privados não estão interessadas em negociar com seriedade. Por isso temos de aumentar a mobilização e preparar a categoria para a greve. Essa, parece, é a única linguagem que entendem”, afirma Carlos Cordeiro, secretário geral da Contraf-CUT.
fonte: Contraf-CUT e Seeb SP