Banesprev investe na infra-estrutura do país

Na última quinta-feira, dia 6 de julho, foi lançado o Infra Brasil, primeiro fundo de investimento em participações voltado a projetos de infra-estrutura. Idealizado pelo BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, o fundo terá o ABN AMRO Real como administrador e contará com investimentos de diversos fundos de pensão, entre os quais Banesprev, Petros, Previ e Funcef.

O Infra Brasil, já com aporte de R$ 620 milhões podendo atingir a cifra de R$ 1 bilhão, investirá nas áreas de transporte, água e saneamento, logística telecomunicações, energia e distribuição de gás.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que participou do evento louvou a iniciativa. “Os fundos estão tomando a consciência da importância dessa ação, de viabilizar que a poupança privada do Brasil se destine à infra-estrutura e ao setor produtivo do País”, afirmou.

Ela considera que a aplicação de recursos em infra-estrutura é “um dos elementos fundamentais” para que o Brasil chegue a um processo de crescimento sustentável. Dilma disse também que a criação de instrumentos de investimento a longo prazo só foi possível com a estabilização da economia e a partir da definição de marcos regulatórios e facilitação dos financiamentos no país.

De acordo com o diretor administrativo do Banesprev, Walter Oliveira, que esteve no lançamento representando o departamento financeiro, o fundo de pensão dos banespianos fará um aporte inicial de R$ 25 milhões para o Infra Brasil. “Com a queda da taxa de juros do país os fundos de pensão deverão procurar outros investimentos para alocar seus ativos”, explica Oliveira. “Atualmente, a grande maioria dos fundos aplica quase que exclusivamente em títulos do governo, o que deverá mudar em breve.”

Para ele, este modelo de investimento tem grandes perspectivas de sucesso, tanto para as fundações como para o país. “O governo anterior não olhou para os fundos como deveria, preocupando-se apenas em utilizar os seus recursos como caixa para as privatizações, muitas com prejuízos irrecuperáveis para os participantes.”

fonte: Érika Soares com informações do AssPrevSite