O poder concedido pelos deputados da Casa não é um poder imperial”. Com essa frase, o último orador a falar hoje na tribuna da Assembléia Legislativa de São Paulo, o deputado Jamil Murad (PC do B), criticou a postura autoritária do presidente da Assembléia, deputado Vanderlei Macris (PSDB), que não tem poupado esforços para postergar a votação do projeto do plebiscito sobre o Banespa.
Macris retrucou dizendo que estaria cumprindo o regimento da Casa e negou que atue de forma imperial. Conseguiu enraivecer as centenas de banespianos que, a exemplo dos dias anteriores, lotavam as galerias e revidaram com uma sonora vaia.
Macris encerrou os trabalhos (às 19h) e não abriu a palavra nem para os vários apartes solicitados por deputados. Havia acabado de dizer que não agia de forma imperial, mas foi o que fez mais uma vez.
Mais apoios. Às 20h recebemos a informação de 62 deputados já haviam assinado a declaração de apoio à votação imediata do projeto do plebiscito.
Em cima da hora. O banco soltou um comunicado na tevê em que responsabiliza os funcionários pelos “transtornos que estariam causando à população” em decorrência da greve.
Para o vice-presidente da Afubesp, Cido Sério, o banco apela para a tevê porque os banespianos estão dando uma demonstração inequívoca de sua força e disposição de luta. “É a postura covarde de inverter os fatos para tentar indispor a população contra os grevistas. Mas todos sabemos muito bem que os irresponsáveis são eles que se recusam a renovar o acordo que assinaram no ano passado e interromperam unilateralmente as negociações, para bem servir aos interesses privatistas que sempre defenderam.”
Cido alerta os banespianos para não caírem nessa chantagem e continuarem firmes na luta, esclarecendo os clientes e a população, com distribuição da carta aberta (disponível na home page) e muito diálogo. “A nossa coesão é nossa arma para derrotar a intransigência e a chantagem dessa trupe do Banco Central que não hesita em mentir para desqualificar o esforço e o trabalho de anos e anos de pais de família e cidadãos respeitáveis que compõem o quadro de funcionários do banco. Nossa resposta é a garra, dignidade e firmeza de caráter.”
fonte: AFUBESP
