BANESPIANOS GAÚCHOS CONDENAM RODÍZIO COMPULSÓRIO
Os banespianos das agências do PR, SC e RS estão preocupados com a política de rodízio de administradores do gerente regional da GR 20 – Sul, Luiz Gonzaga Dias. Nas últimas semanas, ele vem promovendo reuniões em várias unidades e pressionando supervisores e gerentes, visando efetuar diversas transferências que, se concretizadas, provocarão traumas, conflitos familiares e até desorganização nas agências.
Ademir Wiederkehr, diretor regional da Afubesp, enviou correspondência para a GR 20, no último dia 20, com cópia para o Comando Nacional Banespa, reivindicando “a suspensão imediata de todo e qualquer rodízio compulsório de supervisores e uma reavaliação das transferências de gerentes”.
Segundo Ademir, “nunca houve rodízio compulsório de supervisores nas agências do Sul, em razão da enorme distância que separa a maioria das unidades”. Para ele, “não é hora de remanejar administradores, sem critérios justos e transparentes, pois ninguém sairia ganhando: nem o banco, nem os funcionários”.
O diretor-representante, Oliver Simioni, conversou no dia 20 com o gerente regional e enfatizou a necessidade de dialogar e valorizar o funcionalismo, que não tem medido esforços para manter o banco forte no mercado. Na última segunda-feira, 24, durante contato telefônico com Ademir, o titular da GR 20 defendeu o remanejamento de administradores, mas negou a realização de rodízio compulsório de supervisores.
Leia abaixo a correspondência enviada para a GR 20, que precisa ser devidamente analisada pela DIRHU, DIVEN e DERHU. No Sul, só cai bem rodízio de pizza e churrasco.
Veja a íntegra da carta enviada à GR 20
Porto Alegre, 20 de abril de 2000.
Ao
Banco do Estado de São Paulo S/A – Banespa
Gerência Regional 20 – Sul
Att. do Sr. Luiz Gonzaga Dias
Curitiba – PR
Prezados Senhores:
Ref.: Rodízio compulsório de supervisores em agências do PR, SC e RS.
Não é de hoje que defendemos a valorização profissional do quadro de funcionários e administradores do Banespa. São os banespianos que não se entregam e constróem a grandeza do banco. Apesar do momento difícil que atravessamos, nunca nos faltaram empenho e dedicação para manter o banco forte no mercado e buscar atingir metas e desafios.
Entretanto, essa situação não está sendo reconhecida pela GR 20 – Sul. Tomamos conhecimento de que diversos supervisores lotados em agências dos três Estados do Sul estão sendo convidados para aceitarem transferências compulsórias, o que obrigaria a mudança de residência, sobretudo em Santa Catarina e no Paraná, diante da enorme distância entre as unidades.
Causa estranheza essa iniciativa da GR 20 – Sul. Nunca se fez rodízio compulsório de supervisores. É inviável, inconveniente e impraticável. Ninguém sairia ganhando: nem o banco, nem o funcionalismo.
Como se não bastasse, tal rodízio está sendo realizado juntamente com um rodízio de gerentes, o que, se conretizado, poderá desestruturar não só as pessoas como a administração e funcionamento das agências. A quem isso interessa?
Uma boa política de recursos humanos não se faz com ameaças e imposições, mas com respeito, diálogo, sensibilidade, tolerância e valorização profissional, levantando a auto-estima do funcionalismo e evitando traumas e conflitos familiares desnecessários.
Isto posto, vimos à presença de Vossa Senhoria para reivindicar a suspensão imediata de todo e qualquer rodízio compulsório de supervisores em agências do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Propomos também uma reavaliação das transferências de gerentes, através da definição de critérios transparentes.
Mais do que nunca, entendemos que não é hora de remanejamentos sob ameaça de descomissionamento, ainda mais neste momento em que a diretoria do Banespa tenta acelerar o processo de privatização.
Certos de sua compreensão, colocamo-nos à disposição para dialogar e construir alternativas, que estimulem o crescimento das agências e valorizem a dignidade dos banespianos.
Atenciosamente
Ademir Wiederkehr
diretor da Associação dos Funcionários do Banespa (Afubesp)
fonte: AFUBESP