Banespa lucra R$ 1,75 bi e Santander ganha € 3,136 bi
Carteira de crédito aumentou 37,6%, atingindo R$ 8,961 bilhões
O Banespa, controlado pelo espanhol Banco Santander Central Hispano, encerrou 2004 com lucro líquido de R$ 1,750 bilhão, praticamente empatado com o desempenho do ano anterior, quando apurou ganhos de R$ 1,747 bilhão. O retorno sobre o patrimônio líquido médio chegou a 33,5%. Segundo a apresentação dos resultados do grupo em Madri, o lucro no Brasil foi US$ 850 milhões, com alta de 7,4%.
Procurada, a instituição não dispôs de uma fonte para comentar os números do Banespa. Segundo as notas explicativas enviadas com as demonstrações contábeis à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o resultado bruto da intermediação financeira chegou a R$ 3,869 bilhões, um incremento de 34,3% sobre o ano anterior, afetado pelo crescimento da carteiras de crédito e de títulos e valores mobiliários.
No consolidado, o estoque de crédito aumentou 37,6% em comparação com 2003, atingindo R$ 8,961 bilhões, com destaque para o crescimento de 29,6% das operações com pessoas físicas (financiamento de veículos, crédito pessoal, cartão de crédito. As operações classificadas de “AA” a “C” representavam 91,5% do total, em comparação ao índice de 89% de dezembro de 2003. Os créditos entre “D” e “H” decresceram para 8,5%, ante 11%.
Os ativos totais consolidados cresceram 14% no ano, atingindo R$ 35,250 bilhões. Desse montante, R$ 13,194 bilhões eram representados por títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos.
As receitas com prestação de serviços também deram a sua contribuição para o desempenho do banco. De um ano para o outro, a evolução nas tarifas serviços de conta corrente, operações de crédito, administração de fundos, corretagens de seguros e cartão de crédito permitiu que a arrecadação aumentasse 35,7%, a R$ 1,510 bilhão.
Em Madri, o Grupo Santander anunciou um lucro líquido de € 3,136 bilhões no ano passado, uma evolução de 20,1% sobre o desempenho de 2003. O crescimento da atividade possibilitou que a margem de intermediação financeira alcançasse € 8,636 bilhões, 8,5% acima de 2003.
O banco de varejo respondeu por 82% do lucro total da área operacional. A Europa respondeu por 55%, enquanto a divisão América representou 27%. Na América Latina, os países-chave registraram evolução positiva. No Chile, o resultado cresceu 22,3%, a US$ 336 milhões, enquanto no México o lucro somou US$ 412 milhões.
fonte: Gazeta Mercantil