Bancos retiram porta-giratória para cumprir lei em São Paulo
Desde que entrou em vigor a lei de guarda-volumes – que obriga as agências bancárias com porta-giratória a terem unidades de guarda-volumes –, há quase um mês, cada banco optou por adotar ou não o equipamento.
As agências do Unibanco, no entanto, passaram a não contar mais com as portas-giratórias, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Várias agências já não tinham porta-giratória, que é fundamental para a segurança de clientes e funcionários. Depois da lei, as poucas que restavam foram retiradas”, disse Daniel Reis, que é um dos diretores-executivos do sindicato.
Uma das últimas agências que contavam com porta-giratória, localizada na rua Domingos de Morais, na Vila Mariana (zona sul da capital), ficou sem o equipamento há cerca de duas semanas, de acordo com o sindicato.
“Deveria haver também uma lei que obrigasse os bancos a contarem com porta-giratória”, criticou Reis.
A lei entrou em vigor em 27 de março, e, em caso de descumprimento, o banco pode ser multado em R$ 1.000 por dia, até que a irregularidade seja sanada.
Outro lado
Procurada pela reportagem, a assessoria do Unibanco informou por telefone que o sistema de segurança da instituição não tem portas-giratórias.
A assessoria do banco não fez mais comentários sobre o funcionamento do sistema de segurança nem sobre a retirada de portas-giratórias de suas agências.
De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), não há orientação sobre o uso ou não de portas-giratórias nas agências bancárias.
A federação entrou, no início do mês, com mandado de segurança na Justiça contra a lei municipal que obriga a instalação de guarda-volumes nas agências que contam com porta-giratória.
Segundo a Febraban, os guarda-volumes podem “reduzir a visibilidade que os vigilantes e funcionários têm e devem ter da entrada da agência.”
fonte: Agora