Bancos privados de São Paulo e Rio terminam greve e reabrem nesta quarta
Os bancários de instituições privadas de São Paulo e Rio de Janeiro decidiram acabar com a greve em suas capitais e voltam a trabalhar nesta quarta (11). No ABC paulista, a paralisação teve fim em todos os bancos, públicos e privados. A categoria aprovou o reajuste de 3,5% e outros benefícios, como PLR (participação nos lucros e resultados) de 80% do salário mais R$ 828.
Foram oito rodadas de negociações, os bancos fizeram a terceira proposta de reajuste ontem (10). Os bancários entraram na negociação reivindicando aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação. A greve começou na quinta-feira da semana passada.
Na capital paulista, Osasco e região e no Rio a greve continua na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil. No entanto, os funcionários da Nossa Caixa votaram pelo fim da greve e retomam o trabalho nesta quarta.
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) propôs 2%, depois 2,85%, o que equivale à reposição da inflação de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) dos últimos 12 meses, até chegar aos 3,5%, que representa aumento real de 0,63%.
A proposta de PLR ficou em 80% do salário, mais R$ 828 (valor fixo do ano passado, corrigido pelos 3,5%), acrescidos de uma parcela adicional que varia entre R$ 1.000 e R$ 1.500 – composta por 8% da diferença entre o lucro líquido de 2005 e 2006 divididos linearmente entre os funcionários.
Na última proposta, a Fenaban oferecia R$ 750 de parcela adicional a serem pagas pelos bancos cujos lucros líquidos crescessem pelo menos 20%.
De acordo com a proposta, a antecipação da PLR será paga em até 10 dias úteis depois da assinatura da convenção coletiva.
As diferenças de salários e benefícios serão pagas na folha de pagamento de novembro, se a convenção for assinada até o final do mês de outubro. Os vales-refeição e alimentação devem ser corrigidos a partir de novembro e as diferenças de setembro e outubro serão quitadas no mês de novembro.
No país
Outras assembléias decidiram sobre o movimento e o quadro é dividido. Os bancários da Bahia, Maranhão, Roraima, Sergipe, Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG) rejeitaram a proposta e a greve continua.
Em Rondônia, Ceará, Curitiba (PR), Campina Grande (PB) e Londrina (PR) os bancários aprovaram a proposta da Fenaban e também acabaram com a greve.
Convenção
O presidente da Contraf-CUT (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Vagner Freitas, disse que a convenção será assinada se a maioria dos trabalhadores decidir pela aprovação da proposta. Se a categoria ficar dividida entre o sim e o não, haverá novas reuniões para decidir o que fazer.
fonte: Folha Online