Bancários se mobilizam no dia da negociação
Em dia de negociação, aumenta a mobilização dos bancários de São Paulo. Nesta terça-feira, dia, 29, aderiram às atividades da campanha nacional, trabalhadores do Safra da avenida Paulista, do Bradesco do Alphaville e do Centro Administrativo Santander 3 (Casa 3). Os trabalhadores cobram uma contraproposta às reivindicações da categoria.
Cerca de 3 mil funcionários do Casa 3 atrasaram o início das atividades até as 10h. No Bradesco Alphaville, 1.200 bancários retardaram a abertura do setor de tecnologia do banco e participaram de debates sobre a campanha nacional até as 9h30.
“Apesar do frio, os bancários demonstraram grande disposição de participar do debate e marcaram presença em mais uma mobilização. Vamos intensificar as atividades e se até o dia 1º de setembro não houver avanços, os bancários podem entrar em greve”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
As atividades desta manhã reforçam o início de uma nova fase da Campanha, o da mobilização, que começou nesta segunda-feira, 28, Dia do Bancário, quando mais de 800 bancários seguiram em passeata pelas ruas do centro de São Paulo.
Hoje tem negociação entre bancários e banqueiros
Está prevista para esta terça-feira, dia 29, a terceira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A reunião será realizada no Crowne Plaza Hotel, às 15h (rua Frei Caneca, 1.360, Sala Rubelita).
A primeira rodada aconteceu no dia 10, logo após a entrega da minuta de reivindicações da campanha nacional 2006. A segunda reunião entre trabalhadores e banqueiros aconteceu no último dia 21, sem qualquer avanço. Não houve proposta de reajuste salarial e nem de participação nos lucros e resultados.
Os bancários, que têm data-base em 1º de setembro, reivindicam aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação, e PLR de 5% do lucro líquido linear, mais um salário acrescido de R$ 1.500. Outros quatro eixos são o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.
No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 110 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
fonte: Elisângela Cordeiro e Cláudia Motta – Seeb SP