Bancários são exemplos de luta e conquistas

Neste domingo, 28 de agosto, bancários de todo o Brasil comemoram o Dia do Bancário, instituído há 54 anos pela maior greve da história da categoria, que teve a duração de 69 dias. Desde então, os bancários brasileiros são reconhecidos pela combatividade e conquistas acumuladas. O perfil da categoria é de luta.
Vanguardista, a categoria organizada sempre lutou por suas conquistas. O 13º salário passou a ser recebido pelos bancários, após a greve de 1962. Em 1982, o auxílio-alimentação foi conquistado. Depois da greve de 1986, o auxílio-creche e o auxílio-refeição foram incorporados aos direitos dos bancários.

A Campanha Salarial de 1994 trouxe para os bancários o benefício do auxílio cesta-alimentação, que foi estendido no ano seguinte para os bancários afastados por LER e para bancárias em licença maternidade. Na Campanha Salarial de 2004, a 13ª cesta-alimentação passou a integrar os rendimentos do bancário.

Em 1995, a Participação nos Lucros e Resultados foi incorporada à convenção coletiva. Este ano, a proposta da PLR quer restituir o poder de compra do bancário corroído na última década. A nova proposta de PLR é constituída da soma de um salário integral + R$ 788 fixos + 5% do lucro líquido do banco, a ser dividido linearmente aos funcionários, nos casos em que o banco não atingir a distribuição do teto de 15%.

Em 1997, após um longo processo de mobilização e negociação com a Fenaban, os bancários conquistaram a criação de uma comissão paritária permanente de saúde, que em 1998 concluiu o Programa de Prevenção, Tratamento e Readaptação nas LER/DORT. O objetivo agora é fazer com que os bancos cumpram o programa, como forma de prevenir doenças e garantir uma melhor qualidade de vida para os bancários. Em 2001 ficou garantida na Convenção a constituição de uma mesa temática sobre igualdade de oportunidades.

Bancários na História

A jornada de seis horas de trabalho foi um das principais conquistas e trouxe melhores condições de trabalho.Na ditadura militar, muitos dirigentes sindicais bancários foram perseguidos, presos e cassados, mas nada disso barrou a resistência da cateogira. A luta dos bancários continuou e foi decisiva na fundação da da CUT, em 28 de agosto de 1983, e no Movimento pelas Diretas Já, que levou à volta da democracia.

Com a abertura da economia brasileira no início dos anos 90, as novas tecnologias fizeram com que a grande parcela dos bancários passasse a prestar serviços às empresas terceirizadas, desempenhando o mesmo papel do bancário com remuneração inferior, e na maioria das vezes sem garantias e condições precárias de trabalho. Hoje, o desafio é garantir a esses trabalhadores, que são essencialmente bancários, as mesmas regras da convenção coletiva, uma das principais conquistas.

fonte: Seeb PoA e CNB/CUT