Bancários realizam novas paralisações nesta quinta em todo o país
Os bancários realizam hoje, em todo o país, mais um dia nacional de luta, com programação de paralisação de diversas agências bancárias. Os protestos são contra a proposta dos banqueiros de reajuste de apenas 10%. O índice foi mantido na negociação realizada na última segunda-feira.
Em São Paulo, as atividades devem reunir mais de cinco mil bancários e ocorrem nas principais concentrações do Unibanco. Serão realizadas assembléias em três locais: na Praça do Patriarca, no CAU (Centro Administrativo Unibanco), no km 16,5 da Raposo Tavares e na USB (Unidade de Serviços Bancários), na Av. São João,1.400, onde trabalham 800 pessoas, os bancários vão decidir a duração da atividade.
No Rio de Janeiro, as atividades se concentraram no prédio do Unibanco, no Livramento e no Itaú, em São Cristóvão, com realização de assembléias previstas para as 11h.
Em Brasília, o sindicato vai manifestar no prédio da superintendência da Caixa e paralisações relâmpago em diversas unidades do banco.
Nos Estados do Pará e Amapá, a assembléia realizada na terça-feira em Belém decidiu pela realização de paralisações, seguindo o calendário da Executiva Nacional dos Bancários.
Em Porto Alegre, os bancários aprovaram ontem, em assembléias públicas realizadas em frente às principais agências, que haverá paralisações no dia 17, quando ocorre a sexta rodada de negociação com a Fenaban.
Apesar dos lucros astronômicos, os representantes da Fenaban alegam que não têm como repor a inflação. A atitude dos banqueiros não deixam outra alternativa aos bancários senão organizarem uma greve nacional, ressalta Vagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Bancários. Ele lembra que esta é a terceira ocasião em que os bancários realizam atividades nacionalmente e que a insatisfação da categoria é cada vez maior.
Os bancários reivindicam 21,58 % de reajuste, referente à reposição da inflação estimada de setembro de 2002 a agosto de 2003; mais resíduo inflacionário de 0,42% de setembro de 2001 a agosto de 2002 e 3,99% de produtividade.
fonte: CNB/CUT