Bancários protestam contra bancos internacionais
Bancários do HSBC, ABN Amro, Santander e BBVA da América Latina e Europa realizam entre os próximos dias 21 e 25 uma Jornada Internacional de Luta. O objetivo é organizar os trabalhadores de forma global para enfrentar os bancos internacionais e construir “Acordos Marcos” que garantam direitos consagrados na OIT.
“Apesar de todo apelo de marketing, o fato é que nem de longe esses bancos garantem condições adequadas de trabalho e fazem pouco das representações sindicais e do diálogo social”, afirmou Ricardo Jacques, secretário de Relações Internacionais da CNB/CUT.
Para ele, os trabalhadores buscam globalmente “emprego, saúde e condições de trabalho adequadas” e, com a Jornada de Lutas, os bancários esperam que estes bancos internacionais invistam mais na qualidade de vida dos seus funcionários. “Nada mais justo, pois são os trabalhadores que produzem os fabulosos lucros dos bancos”, completou.
Essas reivindicações, definidas como eixos desta Jornada Internacional de Luta, foram aprovadas na Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais, que aconteceu em São Paulo entre os dias 25 e 27 de julho deste ano.
Segundo Ricardo Jacques, as condições de trabalho dos bancários têm piorado. “O progresso tecnológico da última década representou uma redução drástica nos custos, mas não tornou os serviços financeiros mais baratos para os cidadãos e empresas e nem eliminou as filas. Para a categoria, gerou terceirização e precarização do trabalho”, afirmou.
Organizam os protestos a Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS) e a Union Network Internacional (UNI), com apoio da ORIT/CIOSL (Organização Regional Interamericana dos Trabalhadores/Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres). Essas entidades reúnem todas as organizações do movimento sindical bancário na América Latina e no mundo.
fonte: CNB/CUT