Bancários param por 24 horas nesta quarta
Os bancários fazem assembléia nesta terça-feira, 27, a partir das 19h, para definir como será a atividade de paralisação de 24 horas que acontece amanhã, dia 28.
Essa primeira greve é um aviso aos banqueiros. Em São Paulo, os trabalhadores rejeitaram em duas assembléias a proposta de 4% feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Elas ocorreram no dia 21, na Praça do Patriarca, e no dia 22, no Bradesco Cidade de Deus, onde os bancários enfrentaram a violência da Polícia Militar. A Fenaban foi comunicada da rejeição no dia 22, mas até agora não marcou nova rodada de negociação.
“Os banqueiros já conhecem as nossas reivindicações, que foram debatidas durante meses pelo Brasil afora, em conferências estaduais e na nacional. Os bancários não abrem mão de aumento real e de uma participação nos lucros mais justa”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Banana – Ontem os bancários percorreram cerca de 20 agências do centro de São Paulo numa atividade bem-humorada. “Banqueiros” fantasiados distribuíram 1.200 bananas aos clientes e bancários, para retratar o tratamento dispensado aos trabalhadores, com o índice oferecido, e o péssimo atendimento prestado ao público.
“As atividades dos bancários são assim. Alegres, bem-humoradas, pacíficas. Esperamos que os banqueiros mantenham o nível, marquem nova rodada de negociação e apresentem proposta decente. Se não, os bancários vão parar e não será somente por 24 horas”, avisa Marcolino. Em Encontro Nacional, no dia 1º de outubro – que acontece em São Paulo, na Quadra dos Bancários –, os trabalhadores deliberam sobre a greve por tempo indeterminado a partir de 6/10.
Na rua – Desde sábado, dezenas de outdoors estão nas principais vias da cidade: com a frase “Banqueiro não é flor que se cheire”, traz as imagens dos presidentes dos principais bancos do país. “Queremos mostrar à população quem são os culpados pelos possíveis transtornos causados por uma greve que os banqueiros, que tanto lucram, estão obrigando os trabalhadores a fazer”, diz o presidente do Sindicato.
fonte: Claudia Motta – Seeb SP