Bancários fazem assembléia no fim da tarde para referendar greve
No primeiro balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, até as 13h do segundo dia de greve (6/10) mais de 28 mil bancários estão parados em 454 locais de trabalho entre agências e centros administrativos. São 88 locais parados no Centro; 44 na região da Paulista; 109 na Zona Leste; 65 na Zona Oeste; 42 na Zona Sul; 43 na Zona Norte e 63 na região de Osasco. Em São Paulo, Osasco e nos 15 municípios da região de Osasco que estão na base territorial do Sindicato, há cerca de 3 mil locais de trabalho e 106 mil bancários.
“Os bancários estão sofrendo com a repressão imposta pelos bancos que estão lançando mão dos interditos proibitórios (instrumento jurídico que trata de preservação do patrimônio) para forçar, com o auxílio de policiais, a abertura das agências”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
Os caixas eletrônicos funcionam normalmente e os grevistas foram orientados a auxiliar os aposentados na utilização das máquinas.
Hoje, às 17h, os bancários fazem assembléia na Quadra do Sindicato (rua Tabatinguera, 192, Sé) para deliberar sobre a continuidade da greve. “Como a Fenaban não aponta com nenhuma nova proposta, os bancários devem permanecer em greve por tempo indeterminado”, avalia Marcolino. “Eles afirmam que querem uma contra-proposta, mas as reivindicações da categoria já foram apresentadas: aumento real e PLR maior, o que as propostas apresentadas por eles nunca contemplaram. Depois de quase dois meses de negociação e há quase 40 dias da nossa data-base, quando deveríamos ter recebido os salários já reajustados, os bancários vão permanecer em greve até que nossas reivindicações sejam atendidas”, completa o dirigente.
Bancos públicos – Durante a tarde de hoje, dirigentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal negociam com os representantes dos trabalhadores questões específicas dos funcionários desses bancos – como planos de cargos e salários e caixas de assistência – além da participação nos lucros e resultados.
Histórico – A categoria decidiu pela greve por tempo indeterminado em assembléia realizada na noite de 4 de outubro e após sete rodadas de negociação em que os banqueiros mantiveram a postura de negar aumento real de salários aos seus funcionários. A minuta dos bancários foi entregue no dia 10 agosto, quando aconteceu a primeira rodada de negociação e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Outras rodadas aconteceram nos dias 21 e 29 de agosto, 15, 19 e 27 de setembro e 3 de outubro. No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A data-base é 1º de setembro.
fonte: Seeb SP