Bancários dizem não ao abono
Desde 1996, os banqueiros vêm aplicando política de pagamento de abono como forma de compensar reposição salarial inferior à inflação medida no período. As únicas exceções foram nos anos de 1997, 1999 e 2000.
A primeira vez em que o mecanismo foi adotado, o abono foi de 45% do salário reajustado, limitado entre R$ 315,00 e R$ 1.125,00. Em 1998, o pagamento foi de R$ 700,00 por bancário. Em 2001, foi de R$ 1.100,00, em 2002 de R$ 1.200,00 e em 2003, de R$ 1.500 por bancário.
A campanha salarial 2004 tende a ser diferente. De acordo com pesquisa encomendada pela Fetec/CUT-SP e realizada no estado de SP, 61% dos entrevistados são contra a composição de abono mais índice inferior à inflação.
“O levantamento mostra que os bancários reconhecem a perversidade do abono. Embora ele traga um alívio imediato, a longo prazo ele destrói o poder de compra dos salários”, afirma o presidente da Fetec, Sebastião Geraldo Cardozo.
De acordo com o dirigente, neste ano, o mecanismos está totalmente descartado. “Na questão econômica, nossa prioridade será repor a inflação total do período e o aumento real de salário, como forma de recompensar a categoria pela evolução da rentabilidade do setor. Está mais do que na hora, de os bancários, que tanto se desdobram, receberem a sua parte desse quinhão”.
fonte: Fetec/CUT-SP