Bancários denunciam péssimas condições de saúde da categoria à UNI Finanças
O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, e a secretária de Saúde da entidade, Rita Berlofa, entregaram ao chefe mundial e ao secretário regional da UNI Finanças, Oliver Röethig e Rodolfo Benitez, respectivamente, um documento denunciando a situação da saúde da categoria bancária no Brasil.
De acordo com o documento, as transformações pelas quais passaram a categoria bancária nos últimos anos causaram forte impacto no perfil dos trabalhadores e na sua organização. Os bancários foram reduzidos de 550 mil, em 1996 para 400 mil em 2004, ou seja, uma média de 41 demissões ao dia e eliminação de 15 mil postos de trabalho ao ano.
Aliada a implantação de novas tecnologias e novas formas de gestão, como a vinculação da remuneração à metas, a redução da categoria favoreceu o trabalho gratuito, com condições físicas e psicológicas inadequadas, levando então ao adoecimento da categoria.
Os principais problemas são os distúrbios osteomusculares (Ler/Dort), que cresceu 75,36% em relação à 2.000 na Caixa, Banespa, Bradesco, HSBC, Itaú, sendo que no Bradesco o aumento foi maior. Cresceu ainda o número de trabalhadores bancários com transtornos mentais, que cresceu 69,91% em relação a 2.000. O maior aumento ocorreu no Bradesco e Itaú.
“Por outro lado, os lucros dos onze maiores bancos cresceu 508% de 1994 a 2003. Queremos denunciar a situação dos trabalhadores no Brasil para todo o mundo e solicitar o apoio da UNI para invertermos esta situação, afirmou Rita Berlofa.
fonte: Meire Bicudo – CNB/CUT