Bancários de São Paulo dão início à campanha salarial
A campanha salarial 2004, dos bancários – que têm data-base em 1º de setembro -, elegeu como prioridade emprego, salário e redução de juros e tarifas para a sociedade.
Na assembléia realizada na quarta-feira (19), os trabalhadores da base de São Paulo, Osasco e Região definiram que a campanha salarial, a exemplo do ano passado, permanecerá unificada – bancos públicos e privados juntos.
A pauta de reivindicações, que será entregue à Fenaban no próximo mês, vai exigir o fim das demissões. “A lucratividade dos bancos demonstra que dispensas são absolutamente desnecessárias e, pelo contrário, é possível criar mais postos com a ampliação do horário de atendimento (das 9h às 17h) com dois turnos de trabalho”, afirma o secretário-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino. “Vamos lutar pela ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe dispensas imotivadas e fazer um diálogo com o Governo Federal, por intermédio do Ministério da Fazenda e do Banco Central, para debater empregos e direitos nos processos de fusão e aquisição entre as instituições financeiras”, conta Marcolino. “Além disso, vamos cobrar o fim das terceirizações, entre outros pontos”, completa.
Salários – Mais uma vez, o lucro recorde dos bancos no primeiro trimestre do ano aponta plenas condições para a total reposição das perdas salariais, além de aumento real de salários. Uma proposta que deve ser destacada na campanha 2004 é a criação do 14º salário, assim como a recomposição dos pisos da categoria.
Os bancários também querem fazer um debate com a sociedade sobre as altas taxas de juros e as tarifas cobradas pelo sistema financeiro. Apesar de pagarem caro pelo atendimento, os brasileiros ainda perdem seu tempo com as enormes filas e têm dificuldade de acesso ao crédito.
Todos esses pontos serão levados primeiro à Conferência Regional – que acontece nos dias 29 e 30 de maio –, e depois à Conferência Nacional – entre os dias 5 a 8 de junho – , que definirá a proposta de índice de reposição da inflação, assim como outras reivindicações que farão parte da minuta a ser entregue à Fenaban.
fonte: Seeb SP