Bancários de São Paulo completam um mês de greve

Nesta quinta-feira, 14, a greve dos bancários da base de São Paulo, Osasco e região chega ao seu 30º dia, que será marcado por um ato de protesto no edifício do Banco do Brasil situado na região central da cidade. Os trabalhadores vão abraçar o prédio (esquina da rua Líbero Badaró com av. São João), em protesto contra a postura da direção do banco.

As decisões de manter o movimento grevista e realizar a atividade no BB foram deliberadas na assembléia de ontem. Nova assembléia acontece hoje, às 15h, na quadra dos bancários (rua Tabatingüera, 192, Sé).

Paralisações na quarta-feira – A área de tecnologia do ABN Real e a matriz do Sudameris amanheceram com suas atividades paralisadas na quarta. Os cerca de mil trabalhadores desses locais engrossaram a greve até o meio-dia, quando a Polícia Militar foi acionada para reabrir os bancos.

Audiência no TST – Na tarde de ontem houve audiência de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília. O presidente do órgão, ministro Vantuil Abdala, apresentou proposta de conciliação, que foi rejeitada pelas partes.

Diante do ajuizamento de dissídio – o julgamento deve acontecer no próximo dia 21 –, as direções de Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal afirmaram que a proposta de reajuste passa a ser somente a reposição da inflação de 6,67%.

“Os bancários de São Paulo, Osasco e região votaram contra o ajuizamento do dissídio porque a experiência diz que os trabalhadores sempre perdem. A Contec, que não nos representa, foi a Brasília para rebaixar a proposta da categoria e o resultado foi desastroso: o encaminhamento da campanha salarial para dissídio”, avalia o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

O dirigente espera que a Fenaban perceba que o contrato coletivo construído durante longos anos de negociação corre sérios riscos com o ajuizamento de dissídio. “Os bancários continuam querendo negociar. Temos a esperança que essa situação se resolva antes do julgamento da greve pelo TST”, completa Marcolino.

fonte: Airton Goes, com informações do Seeb SP