Bancários de Porto Alegre aprovam paralisações nos bancos privados
Em assembléia realizada ontem, dia 4, na Casa dos Bancários, os trabalhadores de bancos privados rejeitaram por unanimidade a nova proposta da Fenaban e aprovaram a realização de paralisações e protestos nos bancos privados a partir desta quinta-feira, dia 5, em Porto Alegre.
A nova oferta dos banqueiros, apresentada durante a sétima rodada de negociação ocorrida na terça-feira, dia 3, com o Comando Nacional dos Bancários, em São Paulo, eleva o reajuste salarial de apenas 2% para 2,85% sobre o salário de agosto, o que corresponde à variação da inflação nos últimos 12 meses segundo o INPC.
Em relação à PLR, a Fenaban propõe um adicional de R$ 750,00, cifra um pouco maior do que os R$ 500 oferecidos inicialmente para os funcionários de instituições financeiras que tiverem crescimento de 20% ou mais do lucro líquido em 2006, na comparação com 2005. Antes, os bancos condicionavam esse adicional a uma expansão igual ou superior a 25% do ganho líquido.
Permanece na proposta, entretanto, a regra básica de pagamento da PLR: os bancos oferecem 80% do salário, mais o valor fixo de R$ 823,00, sendo o valor limitado a R$ 5.462,00. A oferta também prevê a distribuição mínima de 5% do lucro líquido do banco no exercício de 2006, o que, se não for alcançado, é limitado a dois salários do funcionário ou R$ 10.924,00.
A categoria reivindica a distribuição linear de 5% do lucro líquido das instituições bancárias aos funcionários a título de PLR, além de um salário bruto acrescido de R$ 1.500.
A proposta dos banqueiros não possui aumento real e a formatação de PLR discrimina os trabalhadores e não representa uma distribuição mais justa do crescimento do lucro dos bancos.
Os bancários reivindicam o aumento do piso salarial da categoria para R$ 1.500 (hoje, é de R$ 839,93), aumento do auxílio creche/babá, cesta-alimentação e gratificação de caixa, além do pagamento de 14º salário e da 13ª cesta-alimentação.
Também integram a pauta de reivindicações o fim do assédio moral e das metas abusivas, mais segurança nos bancos e ampliação do horário de atendimento com a volta de dois turnos de trabalho, dentre outras demandas.
fonte: SindBancários