Bancários de oito países se unem em defesa do emprego no ABN/Real e Santander
Na última sexta-feira, dia 23, bancários do Brasil, Argentina, Paraguai, Chile, Uruguai, Colômbia, Peru e Espanha decidiram fazer uma ofensiva unificada junto aos governos destes países e à direção mundial do Santander para exigir que os empregos e os direitos trabalhistas e sindicais dos funcionários do ABN e do Santander sejam respeitados durante o processo de incorporação. A deliberação ocorreu durante a 3ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais.
Para isso, serão entregues dois documentos: um destinado ao presidente mundial do banco, Emílio Botin, na Espanha, que conterá assinaturas dos representantes das entidades sindicais, e outro será encaminhado aos respectivos ministérios do trabalho de cada nação, solicitando apoio para que o banco espanhol assine protocolo de intenção com os trabalhadores.
“Os bancários de todos os países estão apreensivos com o futuro. Por isso, essa unidade é fundamental para fortalecer a nossa luta e, ao mesmo tempo, sensibilizar as sociedades locais, os governos dos países onde o Santander e o ABN atuam, e a própria direção da empresa”, diz a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Santander, Rita Berlofa.
Jornada Internacional de Lutas
Um dia antes, os participantes do evento aprovaram a Jornada Internacional de Lutas, que foi marcada para ocorrer entre os dias 10 e 14 de dezembro. O objetivo da atividade, que conta com o apoio da UNI América Finanças (sindicato internacional do setor financeiro nas Américas e Caribe) e do Comitê de Finanças da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), é reivindicar melhores condições de trabalho e proteção aos empregos.
De acordo com o diretor de Bancos Privados da Fetec/CUT-SP, Valdir Machado, a idéia é fortalecer as ações estratégicas dos trabalhadores em nível global e investir na solidariedade entre os bancários nos diversos países.
“O momento é de globalização. O capital vem agindo de forma unificada e os trabalhadores precisam se adequar a essa nova realidade, organizando-se internacionalmente para garantir seus direitos e enfrentar o poder do mercado”, afirma o dirigente.
fonte: Érika Soares, com informações Seeb SP e Fetec-SP