Bancários assinam acordo da campanha salarial 2004

A Executiva Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos assinaram há pouco a Convenção Coletiva Nacional 2004/2005, que vale somente para bancários do setor privado. A campanha salarial deste ano teve início no mês de junho, com a entrega da minuta de reivindicações, e contou com uma greve de 30 dias (15/9 a 14/10). A proposta apresentada pela Fenaban foi aprovada em assembléia dos bancários de São Paulo, Osasco e região, no último dia 4.

Os bancários receberão reajuste de 8,5% sobre o salário e todas as demais verbas e benefícios. Para quem ganha até R$ 1.500, os 8,5% serão acrescidos de R$ 30. O reajuste deverá ser pago retroativamente, já que a data-base da categoria é 1º de setembro. Os trabalhadores terão direito também a cesta-alimentação extraordinária no valor de R$ 700. A primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) será paga em até 10 dias úteis, correspondente a 60% do total de 80% do salário mais R$ 705. A segunda parcela tem que ser paga até março de 2005. A Convenção contempla cerca de 250 mil bancários do país, 92 mil deles em São Paulo, Osasco e região. Do total de 400 mil bancários do país, cerca de 150 mil atuam em bancos públicos, que não estão representados por essa convenção. Em São Paulo, Osasco e região, os bancários do setor público são cerca de 14 mil.

BB e CEF – A campanha salarial continua para os funcionários dos bancos públicos. Banco do Brasil e Caixa Federal tiveram dissídio coletivo julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho que definiu apenas as cláusulas econômicas. As demais cláusulas, inclusive PLR, e questões específicas desses bancos, não apreciadas pelo TST, estão sendo negociadas pela Executiva Nacional dos Bancários. Na tarde de ontem (10/11), a direção do BB apresentou as seguintes propostas: manter a mesma PLR paga pela Fenaban; manter as negociações para parcela Previ (que aumenta os proventos dos aposentados); compensação somente das horas úteis paradas durante a greve. Uma nova rodada de negociação deve acontecer na próxima semana. No dia 17, há reunião marcada com a direção da CEF, em Brasília.

Dia de Luta – Os funcionários do BB realizam amanhã, 12, Dia Nacional de Lutas para mostrar à direção da empresa que a categoria continua disposta a lutar por salários e condições dignas de trabalho. As atividades levarão aos locais de trabalho – em São Paulo foram escolhidas as concentrações Verbo Divino, São João e Paulista – os debates sobre as propostas que estão sendo construídas, além de declarar repúdio à direção do banco, presidido por Cássio Casseb. Haverá leitura de manifesto, a partir das 10h.

fonte: Seeb SP