Bancários apresentarão contraproposta à Fenaban
A assembléia dos bancários de São Paulo, Osasco e região, realizada na noite de ontem (30), decidiu que a greve continua por tempo indeterminado. Esperando que as negociações sejam retomadas, a categoria decidiu encaminhar uma contraproposta à Executiva Nacional dos Bancários que fará um levantamento entre os demais estados e definirá um índice único de reajuste a ser reivindicado à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A contraproposta aprovada pela assembléia foi de 19% de reajuste, PLR de um salário mais R$ 1.200, abono de R$ 1.500, não desconto dos dias parados e abertura de negociação de questões específicas dos funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Essa proposta também prevê a reabertura das negociações, em março do ano que vem, para estudar a recuperação das perdas nos salários dos trabalhadores dos bancos públicos.
Justiça – O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT/SP) decidiu manter a liminar concedida na quarta-feira ao Ministério Público do Trabalho, indeferindo a medida cautelar solicitada pelo Sindicato ontem. “Vamos continuar estudando medidas jurídicas para barrar essa determinação do TRT. De qualquer maneira, a greve em São Paulo, Osasco e região não chega a paralisar 10% dos serviços e a população não está sendo prejudicada”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu, em reunião com a Confederação Nacional dos Bancos, não levar a campanha salarial dos bancários a dissídio. O ministro Vantuil Abdala afirmou ainda que pretende colaborar para que as partes encontrem uma solução negociada para a questão. A Fenaban foi convocada para reunião no TST que acontece hoje em Brasília.
Greve – Ontem, os bancários concentraram suas atividades no Centro Velho de São Paulo e na região da avenida Paulista. Os trabalhadores realizaram um animado arrastão pelas ruas da região central – uma espécie de carnaval fora de época –, convocando os bancários a participar da greve. O TRT disse que 60% devem trabalhar. Há lugares em que o funcionamento chegava a 100%. Então, o arrastão chamava os 40% que deveriam estar em greve, segundo o Tribunal, para deixar o serviço, conta Marcolino. Nesta sexta-feira acontece nova assembléia dos bancários na quadra (rua Tabatingüera, 192, Sé), às 15 horas.
fonte: Seeb SP