Bancários ampliam greve para 8 Estados e 6 capitais a partir desta terça
A greve dos bancários será ampliada a partir desta terça-feira e deve atingir oito Estados e seis capitais, além de cidades do interior.
O calendário oficial do comando nacional dos bancários está mantido. A reunião de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) acontece na tarde de hoje, a assembléia nacional está marcada para amanhã e a greve geral, para quinta-feira.
No entanto, alguns sindicatos discordam do calendário do comando e iniciaram as assembléias que decidiram pela greve imediata e não a partir de quinta.
A paralisação, que começou na quarta-feira da semana passada, atingia nesta segunda cinco Estados e cinco capitais. Estão em greve as agências dos Estados do Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco e Goiás. Também há bancários de braços cruzados nas capitais Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e Palmas (TO). No total, a oposição bancário estima que cerca de 80 mil estão parados. A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) não confirma o número.
A partir desta terça devem parar os bancários de Alagoas, Paraíba, Piauí e da capital mineira Belo Horizonte.
Em São Paulo, apenas o sindicato de Bauru decidiu pela greve, seguida por parte dos bancários. Os demais acompanham o calendário do comando nacional e aguardam a negociação.
Para o presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas, a mobilização nacional é importante para a greve e uma divisão interna na categoria pode deixar os banqueiros “tranqüilos” na negociação. Para os oposicionistas, a participação de São Paulo e dos demais Estados na greve já deveria ter sido decidida.
Os bancários pedem reposição da inflação, 7,05% de aumento real e participação nos lucros. Os bancos oferecem 2%. A Fenaban também propôs o pagamento de PLR de 80% do salário mais R$ 816 de parte fixa. Nos bancos em que o lucro cresceu ao menos 25% neste ano, a PLR seria acrescida ainda de R$ 500.
No ano passado, quando houve greve de seis dias, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR (participação nos lucros e resultados) mínima de 80% do salário mais R$ 800.
Na última terça-feira, os bancários fizeram uma greve de 24 horas que parou 120 mil dos 400 mil bancários, segundo balanço da Contraf-CUT.
A Fenaban foi procurada, mas não se manifestou até o momento.
fonte: Folha Online