Bancária recebe indenização de R$ 1,2 milhão do Banespa
Às vésperas do Natal, o Banespa pagará indenização por danos morais e materiais no valor de R$ 1.230.000,00 à bancária MD. A condenação foi imposta pela 3ª Vara da Justiça do Trabalho de Campinas, que responsabilizou o banco pelo adoecimento da bancária por LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). A ação ingressada pelo sindicato tramitou na Justiça durante cinco anos e o banco perdeu em todas as instâncias.
A história de MD, claro, não é única. O ritmo de trabalho e a pressão exercida pelos bancos têm adoecido parcela significativa da categoria e em curto período de tempo. MD, por exemplo, ingressou no Banespa aos 22 anos de idade; após 12 anos, aos 34 anos de idade, saiu da instituição financeira aposentada por invalidez. A ganância do capital aniquilou toda uma vida. Hoje, a bancária não consegue fazer atividades comuns; tais como, pentear o cabelo, caminhar ou levantar um copo.
Para o advogado do sindicato, Eduardo Surian Matias, “é importante destacar que intensificação do trabalho ainda acontece dentro dos bancos, onde a máquina exige do homem uma velocidade e ritmo que não são normais. Os bancos somente estimulam a necessidade de mais máquinas, e mais velocidade para os lucros. A doença fica com o homem, sem dúvida a mola mais fraca nesta relação, àquela que realmente cede e quando quebra, normalmente, os bancos desprezam”.
Alerta – O caso de MD serve, mais uma vez, como alerta. Se você está doente, não perca tempo: afaste-se do trabalho. Procure o médico e abra uma CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho). Ou então, procure o sindicato. Não deixe para depois. Afinal, como diz o advogado do sindicato, se a mola quebrar, o banco substituirá você.
fonte: Seeb Campinas