Aviso aos funcionários do Santander afastados do trabalho há mais de 24 meses
Redação
Postado em 2 de julho de 2008
| O Santander encaminhou carta aos funcionários licenciados do trabalho há mais de 24 meses, por auxílio-doença previdenciário e acidentário, informando que a partir de agora os empregados nessas condições deveriam pagar as contribuições mensais do fundo de pensão e do plano de assistência médica diretamente ao Banesprev e à Cabesp. O banco continuaria a recolher às duas entidades apenas a sua parte.
Assim que tomaram conhecimento do teor do documento, datado de 17 de junho de 2008, as entidades sindicais e de representação interpelaram a direção do Santander, pois o mesmo representa uma decisão unilateral da empresa e contraria o que vinha sendo negociado no Comitê de Relações Trabalhistas. Segundo o diretor administrativo eleito do Banesprev, Camilo Fernandes, alguns colegas que retornavam ao trabalho, após o afastamento por motivo de problemas de saúde, estavam reclamando, e com razão, que o banco queria descontar os valores antecipados ao fundo de pensão e à Cabesp, relativos à parte dos funcionários, de uma só vez. “O que, em muitos casos, deixava o trabalhador sem nenhum salário”, relata. Para tentar resolver o problema, a COE (Comissão de Organização dos Empregados) propôs, em reuniões ocorridas no mês de março passado, que o banco desse ao funcionário a opção dele fazer as contribuições mensais de sua parte às entidades, como se na ativa estivesse, para que o valor acumulado a ser pago ao banco não ficasse tão alto. Outra sugestão foi que, quando do retorno ao trabalho, a empresa parcelasse a dívida, de modo que o empregado não ficasse sem salário. “O que a COE reivindicou foi o direito de o funcionário fazer a opção, se isso lhe fosse interessante, e o que o banco queria fazer era uma imposição a todos os afastados”, compara Camilo, que também diretor da Afubesp. Banco volta atrás – Em virtude das gestões dos representantes dos funcionários, a Superintendência de Recursos Humanos do Santander reavaliou a medida e se comprometeu a ligar a todas as pessoas para as quais as cartas foram enviadas, dando-lhes a oportunidade de escolher se desejam ou não proceder de acordo com o estabelecido no documento. fonte: Airton Goes – Afubesp Veja abaixo fac-símile da carta enviada pelo banco a um dos funcionários afastados: |
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