Ato em SP marca início da pressão pela correção da tabela do IR
Na quarta-feira, dia 29, tem caminhada pelo Centro e ato na Praça da Sé
Na quarta-feira, dia 29, a CUT/SP, ao lado de outras entidades e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, realiza ato de lançamento da 3ª Marcha do Salário Mínimo e Imposto de Renda. O evento será na Praça da Sé, a partir das 9h.
Nesta segunda, dia 27, as seis principais centrais sindicais do País se reúnem para discutir a proposta de reivindicação da nova tabela de Imposto de Renda. A pressão desta vez será por uma correção de 7,77%, e pelo reajuste do salário mínimo, para R$ 420.
De acordo com o secretário de Imprensa da CUT/SP, Daniel Reis, os trabalhadores querem manter o canal de diálogo aberto com o governo nos últimos anos. “Vamos fazer uma caminhada pelo centro antigo e apresentar nossas propostas”, lembra Reis, que também é diretor do Sindicato.
A 3ª Marcha acontecerá no dia 6, em Brasília. Nas duas edições anteriores, os trabalhadores conseguiram levar suas reivindicações ao governo Lula, tanto na questão do salário mínimo quanto do imposto de renda. Os trabalhadores vão voltar a Brasília para cobrar o compromisso assumido pelo governo Lula de zerar a defasagem dos quatro anos na tabela.
Início – A iniciativa da mobilização partiu do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e foi incorporada pela CUT em abril de 2004. E surtiu efeito. No final daquele ano, uma marcha de três dias culminou com uma proposta negociada com ministros de reajustar de R$ 260 para R$ 300 o salário mínimo e de corrigir a tabela em 10%. Já em 2005, a pressão foi encorpada por cerca de 15 mil pessoas, que também marcharam. Desta vez, o salário mínimo passou para R$ 350 e a tabela teve nova correção: 8%.
Anteriormente, durante os oitos anos de Fernando Henrique Cardoso houve um congelamento injustificável. A tabela do IR só foi corrigida uma vez: 17,5%, em 2002, contra um IPCA de 45,8%. De 1996 até dezembro de 2002 a defasagem chegava a 39,5% do governo FHC.
Atualmente, quem ganha até R$ 1.257,12 por mês está isento de pagar qualquer alíquota de I.R. Quem ganha acima deste valor, entre R$ 1.257,13 e R$ 2.512,08, paga alíquota de 15% referente ao salário. E, acima de R$ 2.512,08, a alíquota é de 27,5%.
fonte: Ricardo Negrão – Seeb SP