Atividades nos dias 10 e 11 marcam lançamento da campanha da CNB/CUT contra demissões
A Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT) lança esta semana uma campanha contra as demissões no sistema financeiro. Com o mote “Demissão tem cara – responsabilidade social se faz com emprego”, os sindicatos e federações programaram uma série de atividades para os próximos dias 10 e 11.
Segundo o presidente da CNB, Vagner Freitas, o processo de demissão nos bancos está se acentuando, principalmente por causa das fusões e aquisições. “Temos que combater as demissões antes que elas se concretizem.”
Vagner destacou que os desligamentos são injustificáveis no sistema financeiro, que é o setor que mais lucra no país – cinco vezes mais que o setor produtivo, segundo pesquisa divulgada pela revista Exame. “Os banqueiros são privilegiados no Brasil, pois enquanto todos sofrem com a crise econômica, os bancos aumentam sua lucratividade”, disse o dirigente. ”Só as tarifas que cobram dos clientes cobre toda a folha de pagamento e ainda sobra.”
O presidente da CNB lembrou das belas propagandas que os bancos veiculam nos meios de comunicação destacando a responsabilidade social que mas não condizem com as atitudes tomadas contra os seus funcionários. “Onde está a responsabilidade social de um setor que em pouco mais de uma década reduziu pela metade o número de trabalhadores bancários no país fechando mais de quatrocentos mil postos de trabalho?”, questionou . “Além disto, não ajudam outros setores a crescer e gerar empregos porque não oferecem crédito e, quando concedem, cobram juros extorsivos.”
As demissões dos bancários também afetam a vida dos clientes. Com menos funcionários nas agências, as filas devem aumentar e o tempo de espera para o atendimento será muito maior do que já é hoje.
Para Vagner, a mobilização dos bancários nesta campanha será fundamental para impedir as dispensas que estão por vir, porque a pressão poderá abrir um canal de diálogo entre banqueiros e movimento sindical. “Se não conseguirmos impedir que novos postos de trabalho sejam fechados, partiremos para a greve, se for preciso.”
fonte: CNB/CUT