Associados aprovam contas da Cabesp; Resultado de R$ 717,9 milhões foi destaque
Reunidos em assembléia no E.C. Banespa de São Paulo, no domingo, dia 11, os associados da Cabesp aprovaram por ampla maioria as contas referentes ao exercício de 2006 e a dotação orçamentária para este ano.
Os números apresentados pelo diretor financeiro eleito, Vagner de Castro, revelam que a caixa de assistência médica obteve resultado positivo de R$ 717,9 milhões no último período. Com isso, o patrimônio líquido passou de R$ 1.814,9 milhões para R$ 2.532,8 milhões.
O excelente crescimento patrimonial foi motivado em grande parte pela reversão de provisionamentos no montante de R$ 513,5 milhões. Entretanto, mesmo descontando esses créditos tributários recuperados, o resultado positivo da Cabesp seria de R$ 204,4 milhões. Ou seja, 20,5% a mais do que em 2005 (R$ 169,6 milhões). “Sob qualquer ângulo que se veja, o resultado do ano passado foi muito bom e aumenta a tranqüilidade financeira da Cabesp”, argumenta o dirigente.
Co-participação
Durante a assembléia, os associados aprovaram também os regulamentos da assistência odontológica e das penalidades. E, por outro lado, voltaram a rejeitar por maioria de votos a regulamentação da co-participação.
“Embora não impeça a cobrança da co-participação, que está prevista no estatuto, a rejeição de sua regulamentação pela assembléia é um ato simbólico importante”, avalia o diretor administrativo eleito, Wagner Cabanal. Ele ressalta que diversas entidades de representação defendem a necessidade de um amplo debate sobre o tema, visando abrir negociação com o banco. “A co-participação foi incluída em um período em que a situação financeira da caixa de assistência médica não era tão confortável como hoje”, lembra.
Reclamações dos associados
A direção da Cabesp informou que está fazendo a reavaliação da rede credenciada, em conjunto com as entidades locais de representação, e procurado melhorar o atendimento. Entretanto, os associados voltaram a reclamar de problemas nessas áreas, destacando a carência de determinadas especialidades no interior de São Paulo e as dificuldades recorrentes para se conseguir autorizações para tratamentos.
Para o conselheiro fiscal eleito José Aparecido da Silva Chocolate, é importante que Cabesp, no processo de readequação da rede credenciada, ouça os associados. “O fato de o atual diretor de Operações reconhecer, perante a assembléia, que ninguém melhor do que as pessoas que moram no local para saber as carências do plano significa um avanço importante, pois sempre defendemos essa tese.”
Chocolate cita como exemplo as cidades de Votuporanga e Araçatuba. “Nesses dois locais você tem uma lista de credenciados, onde estão inclusos médicos falecidos e de idade avançada que não clinicam mais”. Segundo o conselheiro, isso traz problemas de atendimento para o segurado. “Quando a pessoa pede o credenciamento de novo especialista a Cabesp diz não, argumentando que têm vários outros credenciados na área.”