Artigo: Saúde é direito do bancário e dever dos bancos
“Violência psicológica no trabalho vira método de gestão em empresas e organizações que querem resultados a qualquer custo. Diminuição do número de funcionários, pressão por resultados, individualização e altas taxas de desemprego, tudo isso está fazendo do ambiente de trabalho um lugar propício ao surgimento de chefes que se sentem à vontade para submeter seus empregados a condições constrangedoras”. (Fonte: Sinapse do jornal Folha SP)
Qualquer semelhança é mera coincidência? Já passou da hora da categoria bancária se conscientizar que os métodos utilizados pelos bancos não são baseados na valorização de seus funcionários, trata-se, apenas, de formas utilizadas para aumentar a exploração e, em conseqüência, a acumulação de lucros.
Individualizar para enfraquecer, alienar para cooptar e explorar. Essas parecem ser as premissas dos bancos para conseguirem o seu objetivo primordial, o lucro.
E o que dizer da Responsabilidade Social? Uma das maiores provas de que os funcionários deixam de ser cidadãos para os bancos, com direitos além de deveres, é o desrespeito com a saúde. Segundo as atitudes dos bancos, parece que o cidadão para ser admitido deve estar saudável, mas o funcionário não tem o direito de ter preservada a sua saúde, nem de manter seu trabalho quando acometido de qualquer doença ocasionada pelo trabalho.
O regime de acumulação mundial predominantemente financeiro parece compreender o ser humano como propriedade dispensável a qualquer momento quando não lhe for mais útil.
Temos de parar de achar natural o número, cada vez maior, de colegas acometidos de doenças como LER e mentais. Os bancos são poderosos pois tem um objetivo em comum, o lucro. Nós também temos um objetivo em comum, que tem o poder de nos fazer vencedores sobre a exploração que nos aflige, a união de classe. E temos de ter a consciência de que em toda a história fomos nós, a classe trabalhadora, os responsáveis pela fortuna nas mãos de poucos, portanto, não devemos agradecer e sim lutar para sermos reconhecidos tal qual a nossa importância.
fonte: Adma Gomes, diretora da Fetec/CUT-SP e do Seeb ABC