Aposentados definem pauta e marcam mobilização para dia 23
As seis principais centrais sindicais brasileiras decidiram nesta semana, após reunião realizada em São Paulo, que vão reivindicar aumento real para todas as aposentadorias e pensões que ultrapassam o valor do salário mínimo. A reunião foi a primeira atividade conjunta da Campanha Salarial Nacional dos Aposentados, cujo principal eixo será Recomposição do Poder de Compra com Aumento Real. Estiveram presentes os presidentes e lideranças de aposentados da CUT, Força Sindical, CGT, CGTB, SDS e CAT.
No próximo dia 16, haverá nova reunião entre as centrais, para definir a pauta de reivindicações completa. No dia 23, será realizada uma manifestação na Avenida Paulista, às 10 horas, para divulgar a pauta e dar início ao calendário de mobilizações que devem ocorrer no mês de março.
As centrais também definiram que vão enviar um ofício ao governo federal, solicitando a elaboração de um calendário de negociação em torno do tema.
O presidente da CUT, João Felício, ao ser indagado por jornalistas se o aumento real de aposentadorias e pensões não ampliaria o tão propalado “rombo” da Previdência, afirmou que a discussão desse assunto deve ser mais ampla. “Por que a Previdência tem rombo? onde estão os sonegadores?”, disse, ao defender que seja feita uma análise detalhada de problemas de gestão ocorridos ao longo dos anos. Lembrou ainda que o modelo de arrecadação deve ser aperfeiçoado. “A CUT sempre defendeu que a tributação previdenciária deve ser calculada com base na lucratividade das empresas, e não no número de funcionários. Assim, por exemplo, os bancos, que tem altíssimos lucros e empregam menos do que deveriam, contribuíram mais”.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, afirmou que todo o processo de mobilização e negociação em torno de reajustes para aposentadorias e pensões deve ser comandado pelas lideranças dos aposentados. “As presidências das centrais vão ajudar no que puderem e participarão das negociações se forem convidadas. Mas, como qualquer outra categoria, os aposentados devem comandar a negociação. Têm experiência e representatividade para tanto”, afirmou.
fonte: Assessorias de Imprensa da CUT e Força Sindical