APARECIDA FICOU LOTADA DE BANDEIROLAS COM DIZERES CONTRA A DÍVIDA EXTERNA
O Santuário Nacional de Aparecida sediou a maior manifestação da sexta edição do Grito dos Excluídos do país.
Segundo a direção da basílica, 85 mil romeiros visitaram o santuário no feriado de 7 de setembro. Cerca de 40 mil pessoas participaram da missa das 10 horas celebrada por Dom Aloísio Lorscheider, cardeal arcebispo da cidade.
O protesto dos manifestantes foi marcado pelas milhares de bandeirolas estampadas com notas de 1 dólar e dizeres contra o pagamento da dívida externa e pelas urnas instaladas em volta da basílica para coleta de votos do plebiscito da dívida externa.
Em seu sermão, o cardeal criticou a política econômica do governo federal e referiu-se ao Dia da Independência com um lamento: “Ainda não podemos festejar a independência e a liberdade do país nesta data. “
Plebiscito. Como nos anos anteriores, o Grito dos Excluídos reuniu manifestantes nas principais capitais brasileiras, desta vez, acompanhado da realização do plebiscito da dívida externa, que teve ontem o último dia de votação. As apurações estão sendo realizadas hoje e o resultado será anunciado publicamente no próximo dia 13, em entrevista coletiva convocada pela coordenação do plebiscito.
Em São Paulo. Mais de dez mil pessoas, segundo a agência de notícias da igreja católica, participaram do Grito dos Excluídos na praça do Museu do Ipiranga., que contou com a presença de Frei Beto e do dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile.
Em seu pronunciamento, o líder do MST anunciou o encaminhamento de dois projetos-de-lei pela coordenação do Grito dos Excluídos: um que propõe a realização de um plebiscito oficial sobre o endividamento e o segundo que exige o perdão da dívida externa do país.
Stédile aproveitou para também convocar a marcha de protesto até o Consulado dos Estados Unidos, que será realizada no dia 12 de outubro, no Grito dos Excluídos Continental.
fonte: AFUBESP