AMEAÇAS DE DEMISSÕES E FECHAMENTO DE AGÊNCIAS DEVEM ESTIMULAR MAIOR PARTICIPAÇÃO DO FUNCIONALISMO E DA SOCIEDADE NA LUTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO
Os cinco anos de resistência dos banespianos e da sociedade paulista têm demonstrado que a grande maioria da população está plenamente consciente das conseqüências negativas de uma possível privatização do Banespa. Entretanto, para quem ainda não se convenceu, a revista Época desta semana revela, sem nenhuma sutileza, os planos dos interessados no leilão de fechar muitas agências e demitir milhares de funcionários.
A matéria “Caça ao Banespa”, que ocupa três páginas da revista, aborda o assunto do ponto de vista do mercado, ou seja, dos banqueiros. Embora não leve em consideração os interesses da população e dos profissionais do banco, ela tem o mérito de explicitar o que o governo, os interventores do Banco Central e os seus aliados sempre procuraram negar. “Seja qual for o comprador, estima-se que 15 mil funcionários do Banespa serão demitidos. No banco privatizado, sobrariam apenas 6 mil dos atuais 21 mil empregados”, afirma um trecho do texto.
Em outro parágrafo, a jornalista Paula de Santis diz qual deverá ser o destino de muitas agências. “Apesar da previsível pressão de políticos e sindicalistas, nos planos de todos os inscritos no leilão está um grande enxugamento do Banespa. Muitas agências de pequenas cidades poderão fechar.”
Estas afirmações, ditas de forma quase natural – como se a demissão de milhares de pessoas e o fim do atendimento bancários para dezenas de municípios não tivessem nenhuma importância –, reafirmam o que as entidades do funcionalismo e os representantes da sociedade que lutam em defesa do Banespa sempre afirmaram: as privatizações visam apenas a atender os interesses dos compradores. Os trabalhadores, pequenos e médios agricultores, comerciantes, industriais e a população em geral não representam nada para os atuais governantes de São Paulo e do país.
Funcionalismo deve redobrar resistência
Matérias como a da revista Época devem servir de estímulo para toda sociedade e também para o funcionalismo redobrarem a resistência contra a privatização do Banespa. “Estamos todos no mesmo barco e não existe saída individual para o problema. O caminho é participar ativamente da luta em defesa do banco para derrotar aqueles que querem tirar nossos empregos e prejudicar à população, com o único objetivo de dar mais lucro aos seus amigos banqueiros “, afirma José Reinaldo, diretor da Afubesp.
Ele aproveita para convocar os banespianos da ativa e aposentados para a Vigília em Defesa do Banespa que será realizada na próxima terça-feira, dia 14, a partir das 9h, em frente a agência Central do banco. “Venha e traga sua família para essa grande atividade contra a privatização.”
fonte: AFUBESP