Alckmin quer concluir privatização dos bancos estaduais
O governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB a presidente da República, Geraldo Alckmin, que esteve ontem, dia 19, em Porto Alegre, fazendo campanha eleitoral, disse que o governo “deve concluir o processo de privatização dos bancos estaduais”. A afirmação foi feita, durante o programa Conversas Cruzadas, na TV COM.
Com essa promessa, os bancários devem ficar “com as barbas de molho”. Bancos que escaparam da privatização, como o Banrisul, o Besc, o Banestes, o Banpará e o BRB (Banco Regional de Brasília), estão na mira de Alckmin que, na condição de coordenador do Programa Estadual de Desestatização, comandou a venda do Banespa e transformou a Nossa Caixa em sete subsidiárias, que já começaram a ser leiloadas.
O Banrisul só não foi privatizado nos oito anos do governo FHC, diante da resistência dos bancários e da sociedade gaúcha. Também foi decisiva a postura do ex-governador Olívio Dutra (PT), pois no período em que administrou o Estado (1998-2002) vários bancos foram privatizados, como o Banerj, Banespa, Banestado, Bandepe, Credireal e Bemge, além do Meridional que era federal.
Além disso, foi aprovada, em 2002, após uma grande mobilização dos banrisulenses, uma lei na Assembléia Legislativa do RS, que determina a realização de um plebiscito em caso de venda do Banrisul.
No programa de televisão, Alckmin esquivou-se ao responder perguntas sobre a situação absolutamente caótica na segurança pública de São Paulo, os níveis de desemprego e outros pontos sociais e econômicos, durante os seus quase oito anos de administração. Também desconversou sobre o envolvimento do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) no esquema de Marcos Valério.
Mais do que nunca, os bancários e o povo brasileiro devem estar em alerta. Segundo a colunista Beatriz Fagundes, do jornal O Sul, “ele quer levar para o Brasil sua desastrada ‘experiência’. Sem emoções e abstraindo a ideologia, o melhor será buscar incessantemente informações sobre a situação daquele Estado. Afinal, o cargo de presidente da República, já aprendemos, não é laboratório. Ou é?”.
fonte: Seeb PoA