Abertura da 8ª Conferência Nacional aponta unidade para lutar e avançar
O desafio de construir uma campanha salarial vitoriosa e participar do processo eleitoral para evitar o retrocesso e aprofundar as mudanças no Brasil marcou a abertura da 8ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, ocorrida na quinta-feira, dia 27, em São Paulo. Mais de 800 delegados e delegadas participam do evento, que vai até domingo, dia 30, e define as estratégias e reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários de 2006.
“Não podemos permitir que haja retrocesso, com o retorno dos que privatizaram e retiraram direitos dos trabalhadores”, destacou o presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), Juberlei Bacelo. “Mas não basta evitar o retrocesso, nós precisamos aprofundar as mudanças e construir uma agenda positiva para avançar nossos direitos”.
“A nossa expectativa é a unificação da categoria, mas não podemos sufocar os anseios dos trabalhadores dos bancos públicos para avançar nas questões específicas”, disse. “O Brasil deve continuar no rumo das mudanças e que tenhamos unidade para fazer uma campanha salarial vitoriosa”, ressaltou Juberlei.
“Vamos fazer uma campanha salarial de enfrentamento com os banqueiros”, garantiu o presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas. “Se a negociação não avançar, nós vamos fazer greve, como fizemos nos últimos três anos, para conquistar e fazer história”. Ele também destacou o projeto da Contraf-CUT de representar não apenas os 400 mil bancários, mas o total de um milhão de trabalhadores do ramo financeiro.
A mesa de abertura da conferência reuniu os demais integrantes do Comando Nacional dos Bancários, como o diretor do SindBancários e da Federação dos Bancários do RS, Amaro Souza.
Também estiveram presentes os dirigentes da Executiva Nacional da CUT, Quintino Severo, Wagner Gomes e Dary Beck. “O Brasil cresceu nos últimos três anos, especialmente o sistema financeiro”, disse Quintino. “Agora é preciso fazer uma campanha salarial para recuperar o poder de compra dos salários e, com outras categorias, construir a unidade e a vitória da classe trabalhadora”.
Ainda compareceram o presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini, e do PCdoB, Renato Rabelo. “O rio só tem duas margens: uma é a do capital, daqueles que querem o retorno da privatização, da Alca e da flexibilização de direitos; e a outra margem é a dos trabalhadores”, comparou Berzoini, que é funcionário licenciado do BB. “Alckmin é FHC: F de falsidade, H de hipocrisia e C de cinismo”.
fonte: SindBancários