A TERCEIRA ENTREGA DO BANESPA POR COVAS
“O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), disse hoje que não vai pagar juros relativos à dívida que possui junto ao Governo federal enquanto o Banespa – que está sob intervenção há cinco anos – não for privatizado. Covas disse que esperava a venda do banco para honrar o pagamento de R$ 1,8 bilhão da dívida, que vence em novembro próximo, mas o Governo federal não conseguirá leiloar o Banespa antes deste período. Essa parcela, acrescentou o governador, também pode não ser paga e disse que provavelmente pedirá a prorrogação da data do vencimento.”
O texto acima é uma transcrição literal de nota divulgada hoje pela Agência O Globo. Um registro da disposição de Covas para reiterar a sua pressa em se ver livre do Banespa.
É também uma demonstração de como o governador de São Paulo encontrou a desculpa de que precisa para justificar seu calote à divida que ele mesmo referendou. Na contramão dos governadores de oposição que pleiteiam a renegociação de suas dívidas, Covas opta por reafirmar sua traição ao povo paulista.
Uma vergonha que o passar dos anos vem se encarregando de marcar a ferro. Dessa cicatriz, Covas não se livra mais.
Futuro. Do lado dos banespianos e de todos os setores sociais contrários à privatização do Banespa estão o desgaste do processo de privatizações ao qual a Folha de São Paulo hoje dedicou um caderno inteiro e o tempo que corre em nosso favor, para conseguir derrotar uma vez só, mas definitivamente, a sanha privatista de Covas e FHC.
A diretoria
fonte: AFUBESP