A cúpula do Santander tropeça
A cúpula do Santander precisa explicar melhor seu próprio desempenho no primeiro trimestre deste ano. Nas comparações com o mesmo período do ano passado, o balanço revela uma perda de resultado de 30,5%, o lucro desceu de 559 milhões para 388 milhões de reais. Em resumo, o banco vendeu bem e se perdeu nos ganhos de tesouraria.
De positivo há o crescimento de 25% nas operações de crédito onde o trabalhador bancário atua diretamente junto ao cliente. As análises são do Dieese, seção dos bancários, que prefere aguardar a divulgação dos balanços de outros bancos para comparar esse resultado do Santander com o de outros bancos e saber quem tem estratégia correta para se aproveitar do bom desempenho da economia.
Nas operações de mesa, de títulos e valores mobiliários, houve uma redução de 15%. Parece que alguém não fez a lição de casa. Na avaliação de um economista, o resultado é “esquisito”. Ou o Santander explica melhor por que não manteve seus ganhos ou a análise é de que a cúpula tropeçou.
Os grandes investidores, a Cabesp e o Banesprev, os acionistas minoritários precisam fiscalizar e cobrar melhores resultados da cúpula do banco. O resultado menor também reduz a PLR e sacrifica os bancários que trabalharam mais pesado nesse período já que mais de 1,2 mil bancários foram demitidos. Mesmo sendo um item que afasta clientes, a farra com a cobrança de tarifas, que no balanço recebe o nome de serviços, cresceu 12,8 e responde por quase duas folhas de pagamentos. As provisões trabalhistas saltaram 397%, de 40 milhões para 203 milhões. Pode ser também que o Santander viva a alucinação de emprestar sem critério, o que lhe obriga a fazer uma provisão de créditos duvidosos de 46%, de 449 milhões para 657 milhões.
fonte: Afubesp