5.475.115 CIDADÃOS PARTICIPARAM DO PLEBISCITO DA DÍVIDA EXTERNA
O Brasil não deve manter o acordo com o Fundo Monetário Internacional. Essa é a vontade de 93.8% dos 5.475.115 cidadãos que votaram no plebiscito da dívida externa, organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) , Central Única dos Trabalhadores (CUT) e mais de 50 entidades do movimento democrático e popular.
O resultado foi divulgado hoje à tarde, em entrevista coletiva no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Segundo informou a diretora regional da Afubesp, Nadja Ribeiro, 5.136.272 pessoas responderam “Não” à pergunta “O Brasil deve ou não manter o acordo com o FMI?”. O “Sim” recebeu 249.861 votos, 66.587 pessoas votaram em branco e 23.395 anularam o voto.
A segunda questão – “O Brasil deve continuar pagando a dívida externa sem realização da auditoria prevista na Constituição?” recebeu 5.287.267 (96,5%) votos na resposta “Não”, 119.847 “Sim” , 49.333 votos em branco e 19.668 nulos.
Na terceira pergunta –“Os governos federal, estaduais e municipais devem continuar usando grande parte do orçamento público para pagar a dívida interna aos especuladores?” 5.197.896 pessoas responderam “Não”, 134.156 optaram pelo “Sim”, 71.529 votaram em branco e 72.534 anularam o voto.
Nadja informa que ainda faltam algumas urnas para serem apuradas, que, no entanto, não devem alterar o porcentual divulgado. “O plebiscito foi um sucesso, apesar da campanha contrária do governo e do pouco espaço que a imprensa nacional dedicou ao tema, quase sempre também desfavorável”, afirma a diretora, para quem o resultado da apuração revela o alto nível de insatisfação dos brasileiros com a política do governo de submissão total ao FMI.
“A população percebe que o governo está se desfazendo de todo o patrimônio público nacional, sem que nada seja revertido em melhorias sociais.”
Na sua avaliação, o resultado do plebiscito é um estímulo a mais para os banespianos continuarem firmes na luta contra a privatização do banco, uma vez que a venda do Banespa faz parte do rol de exigências do FMI para o Brasil e o resultado do plebiscito é a demonstração cabal de que os brasileiros não aceitam essa ingerência externa.
fonte: AFUBESP