1º de maio: CUT reúne 1 milhão de trabalhadores em São Paulo
O mega-ato da CUT, realizado na terça-feira, 1º de maio, em comemoração ao Dia do Trabalhador, atraiu 1 milhão de pessoas ao cruzamento da Avenida São João com a Ipiranga, na região central de São Paulo. O número foi divulgado pela organização do evento após o início do show do músico Zeca Pagodinho, que encerrou a festa.
Neste ano, a central debateu o eixo temático “Desenvolvimento econômico com distribuição de renda, valorização do trabalho e defesa do meio ambiente”.
O Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que participou da abertura do evento, disse que a união dos trabalhadores é peça fundamental para fortalecer a luta por ampliação de direitos. “A nação só será mais forte se a relação de trabalho for mais harmoniosa e não houverem trabalhadores explorados. O capital nada mais é do que trabalho acumulado. As portas do ministério e o diálogo estão abertos.”
O presidente da CUT nacional, Artur Henrique, enfatizou a necessidade de mobilização dos trabalhadores. “Temos que levar à população a importância da união contra ataques a direitos dos trabalhadores, como a Emenda 3, o PLP 01 (que congela em 1,5% o gasto com servidores públicos) e a reforma da Previdência Social. A CUT vai colocar o povo na rua diante de qualquer possibilidade de flexibilização das relações trabalhistas”.
Artur falou ainda que o objetivo do empresariado é primeiro estabelecer o contrato de Pessoa Jurídica (PJ) para algumas categorias e depois expandir esta forma de emprego para todos os ramos. O presidente também destacou que no próximo dia 23 haverá uma manifestação nacional contra a Emenda 3, diante das sedes da Rede Globo em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O presidente da CUT, Edílson de Paula, salientou a luta por agenda positiva que traga benéficos para a classe trabalhadora. “Queremos manutenção e ampliação dos direitos e não vamos aceitar reformas da previdência e trabalhista. Queremos o crescimento com base no desenvolvimento econômico com distribuição de renda; valorização do trabalho e defesa do meio-ambiente”.
Segundo ele, o país tem que crescer com divisão de renda. “Hoje, 4% da população concentra a maior parte das riquezas do Brasil. Além disso, a Amazônia cada vez mais tem sido atacada. Temos uma riqueza natural muito grande e não podemos vender nossos recursos para as grandes potências capitalistas”, destacou.